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Dossiê de Vedoin: MP insiste em ouvir “churrasqueiro”de Lula

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Sem as prisões dos negociadores do “Dossiê Vedoin”, que devem ser libertados ainda esta noite, o Ministério Público de Mato Grosso seguirá no caso que apura a suposta venda de informações ao Partido dos Trabalhadores em outra frente: vai tomar o depoimento de Jorge Lorenzetti, o “churrasqueiro” do presidente Lula. Os investigadores, com isso, mostram claramente uma tendência: conhecer a fundo a participação do Palácio do Planalto no escândalo – em que pese a blindagem ao presidente Lula.

Jorge Lorenzetti ocupava até esta terça-feira a direção do Banco do Estado de Santa Catarina. Ele é fundador da Central Única dos Trabalhadores e do PT no Estado. Na campanha do presidente Lula à reeleição fazia a análise de riscos e mídia. Um setor que tem como objetivo apurar denúncias contra adversários. Jorge Lorenzetti, que se notabilizou como o “churrasqueiro” oficial do presidente, teria contratado para trabalhar com ele o ex-agente federal e advogado, Gedimar Passos .

Gedimar foi preso em São Paulo junto com Valdebran Padilha da Silva – empresário, que foi coordenador financeiro do PT em Cuiabá. Eles estavam com um R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria usado na compra de um dossiê contra o candidato ao Governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra. O dossiê foi produzido por Luiz Antonio Trevisan Vedoin – um dos donos da Planan, acusado de chefiar a máfia dos sanguessugas e seria entregue pelo tio dele – Paulo Roberto Trevisan, que também foi preso ao tentar embarcar para São Paulo.

O contato da família Vedoin era Valdebran, que no depoimento à Polícia Federal, disse que o elo entre ele e o PT era Gedimar. E o nome de Jorge voltou a aparecer. Valdebran contou que falou por telefone com um certo Jorge, chefe de Gedimar. A conversa, segundo Valdebran, foi num momento em que a negociação do dossiê ameaçava fracassar. Foi então que, Jorge por telefone, pediu tranqüilidade, pois faria contato com Luiz Vedoin para resolver a situação.

Jorge Lorenzetti também apresentou Gedimar Pereira a Freud Godoy, assessor especial da Secretaria Particular do presidente Lula. O Ministério Público Federal havia pedido a prisão temporária de Freud, mas o juiz Marcos Alves Tavares, substituto da 2ª Vara Federal, negou. Gedimar disse que ele ia comprar o dossiê atendendo a uma ordem de Freud. Mas Freud negou envolvimento e pediu demissão.

À tarde, o nome do “churrasqueiro” de Lula já havia aparecido no cenário dos obscuros da política brasileira. Segundo informações da Reuters, dirigentes do PT e da campanha da reeleição viviam a expectativa de que Jorge Lorenzetti assumisse a responsabilidade pela operação de compra do chamado “Dossiê Vedoin”. A informação vinha de uma fonte do partido. Dito e feito: no começo da noite, Lorenzeti enviou uma carta a direção do PT, repetindo a estratégia política usada pelo partido, no ano passado, quando foi denunciado o esquema do valerioduto. Para desvincular Lula do escândalo da compra de dossiê e retirar de cena o seu amigo e segurança Freud Godoy, o principal vínculo da denúncia com o Planalto, Jorge pediu desligamento das suas funções da campanha presidencial e assumiu a responsabilidade pelo episódio. E de quebra, se ofereceu para depor à Polícia Federal em Mato Groso.

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