Dez dias após o assalto ao Banco do Brasil da avenida Getúlio Vargas, no centro, que mobilizou dezenas de policiais militares durante um fim de semana, a agência continua fechada passando por reparos. O gerente administrativo em Mato Grosso, André Boos, informou que a demora no restabelecimento dos serviços é devido aos reparos que precisam ser feitos na estrutura física agência por causa dos danos causados pelos criminosos. A administração acredita que as obras devem ser finalizadas até a próxima sexta-feira. Mas ainda não há previsão de reabertura do banco para atendimento ao público.
Boos explicou que existe todo um procedimento a ser seguido. Antes da retomada dos serviços, a Polícia Federal precisa ser acionada para fazer uma perícia e constatar se os serviços de reparos executados foram realizados de acordo com a plataforma de segurança exigida. Após a autorização da PF, a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon) também precisa ser notificada para informar os consumidores.
Para a reforma da unidade onde funciona o escritório digital, agência empresa, unidade de plataforma operacional e agência de atendimento, foram gastos R$ 5,8 mil, sendo R$ 1,8 mil para refazer cabeamentos, reinstalar alarmes e sistema de monitoramento e outros R$ 4 mil para a restauração dos cofres. Porém, tanto o valor levado pelos ladrões quanto os danos serão pagos pela seguradora.
O gerente confirmou ao Gazeta Digital, que o banco já sabe a quantia exata que foi levada pelos ladrões, mas como o caso é sigiloso, não revelou o valor.
Ele confirmou que também foram levadas armas do banco. Porém, não deu detalhes sobre a quantidade e se eram usadas por vigilantes da agência. Também não foi informado se havia algum guarda na agência quando foi invadida.
Segundo Boos, com base na investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, os ladrões entraram no banco no último dia 30, no sábado, e não na sexta-feira, como foi especulado na ocasião do roubo.
A Polícia Militar só foi acionada no começo da noite de domingo (1º de julho), e fez uma varredura na região, bloqueando a avenida, mas nenhum envolvido no crime foi localizado.
Parte da estrutura física da agência foi danificada pelos criminosos que deixaram salas totalmente reviradas e cofres cortados. Algumas ferramentas foram usadas para danificar o sistema de segurança e fazer um buraco na parede.
Os bandidos entraram pelo telhado na unidade e permaneceram por pelo menos 2 dias. Até o cachorro quente que estava na geladeira foi 'consumido' pelos criminosos, que antes de fugir deixaram um bilhete dizendo: "Muito obrigada pela gentileza".
O roubo está sendo investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado no começo deste mês. Porém, até o momento nenhum criminoso foi preso e nenhum valor foi recuperado.