sexta-feira, 29/março/2024
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Conselho Tutelar registrou 18 casos de abusos sexual em crianças em Sinop

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Só Notícias/Cleber Romero

O Conselho Tutelar confirmou, ao Só Notícias, que foram registrados 18 casos de exploração e abuso sexual de janeiro até agora, em Sinop. O número é 28% superior ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 14 casos. Consta ainda no levantamento, que em 2018 foram 55 abusos sexuais. Segundo a coordenadora do órgão e psicóloga, Eloísa de Sousa Lima, a maioria dos crimes é cometida contra meninas.

“É um número extremamente preocupante. O abuso sexual é a pior violência que uma criança pode sofrer. Tratamos o abuso como caso de saúde pública. Todas às vezes que tocamos no assunto, se descobrem novos casos. É algo preocupante porque os agressores estão dentro das famílias. É um dano psicológico imensurável para criança. A pessoa que deveria proteger comete esse tipo de atrocidade. Em Sinop, a maioria dos abusos ocorre em meninas, mas a diferença é muito pouca. As crianças recém-nascidas até 12 anos são mais vulneráveis do que os adolescentes”, disse Eloísa.

Lima explicou ainda que as denúncias aumentaram após as orientações do projeto “Olhos que Falam”, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) nas escolas. “Esse projeto está sendo aplicado nas escolas da rede municipal, que recebem palestras de conscientização do abuso sexual. Temos percebido que quanto mais tocamos no assunto com crianças pequenas e fazemos com que eles tenham um ambiente de segurança, mais casos são descobertos. Esse projeto começou há 30 dias e segue até 18 de maio. Desde que começou já recebemos 9 denúncias”.

Esse é o segundo ano que o projeto é desenvolvido. “Uma equipe especializada do Creas vai até à escola, faz uma palestra voltada ao público infantil, é explicado o que é, quais as formas que são praticados os abuso sexuais. Depois, pedem para a criança desenvolver uma atividade sobre o tema. Algumas chegam a verbalizar a situação de alguém ter passado as mãos nelas, por exemplo. A equipe já faz o acolhimento e encaminha para o Conselho Tutelar porque trabalhamos em parceria. Outras não conseguem falar, mas através de desenhos fica bem explícita a situação vivenciada de abuso no ambiente que a criança convive. Teve uma semana que uma das crianças desenhou um homem com pênis enquanto ele estava dormindo. Isso é um indicativo extremo para acompanhar”, descreveu.

Todos os casos identificados independente da gravidade  são encaminhados para o Conselho Tutelar. “Nossas equipes fazem todos os procedimentos necessários e notificam os pais. Alguns casos já se passou muito tempo mas, mesmo assim, consegue se fazer com que a criança tenha um acompanhamento especializado. Nem todos os casos conseguimos punir o agressor devido ao tempo. No entanto, o foco é fazer as crianças identificarem o que é ruim e que não pode ser feita com elas. Os casos que são comprovados encaminhamos para justiça”.

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