O Complexo Turístico da Salgadeira, que está interditado desde setembro de 2010, deve ser reaberto em dezembro deste ano, data em que está prevista a conclusão das obras de restauração e uso da área. A informação é da secretário estadual de Turismo, Teté Bezerra, que esteve reunída com o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira, além de representantes do Ministério Público, prefeituras de Cuiabá e Chapada dos Guimarães.
O objetivo da reunião foi de buscar uma solução para o problema e a reabertura do local à visitação pública. O desembargador lembrou que a Salgadeira, complexo turístico localizado na rodovia que liga a capital a Chapada dos Guimarães, foi isolado após ser constatado que a ocupação e o uso estavam ocorrendo de forma irregular e desorganizada, causando degradação ambiental. Ele observou que de lá para cá a população não sabe mais o que está acontecendo no local e precisa entender porque o projeto de revitalização não deslancha.
Teté justificou a demora argumentando que houve necessidade de reajustar o projeto inicial em virtude de pareceres de peritos ambientais e uma nova proposta de restauração e uso da área, elaborada por uma empresa especializada, foi apresentada durante a reunião.
De acordo com a assessoria do TJ, além da construção de um restaurante, o novo projeto contempla a construção de um Centro de Interpretação Geológica, o que gerou um grande debate entre os presentes. As discussões mostraram que há duas correntes diferentes sobre o conceito da obra. A corrente defendida pelo Governo do Estado é de transformar o ponto turístico em um lugar para contemplação, restringindo o acesso ao banho.
Já a defendida pela prefeitura de Cuiabá é de que a Salgadeira seja destinada ao lazer popular. “Este projeto não traz o DNA do local. Este é um complexo que nasceu sendo utilizado para o lazer. Ele poderá satisfazer as necessidades durante o período da Copa, mas não vai se sustentar ao longo dos anos”, avaliou o prefeito Mauro Mendes, também presente na reunião.
“Em local que é área de preservação não dá para fazer turismo de massa. Ali não existe mais a possibilidade de se ter a mesma atividade que havia antes, nem existe mais água para banho, porque em determinados pontos a profundidade do rio não passa de 10 cm”, afirmou Teté.
Depois de três horas de reunião o Governo do Estado e a prefeitura de Cuiabá não conseguiram entrar em um consenso e novas reuniões devem ser marcadas para resolver a questão. O presidente do TJMT cobrou uma solução rápida para a reativação do terminal turístico da Salgadeira, por entender que se trata de um ponto turístico que sempre foi utilizado como opção de lazer pela população, que já está cansada de ver o complexo interditado.