PUBLICIDADE

Cardeais começam a escolher o novo papa

PUBLICIDADE

A missa “Pró Eligendo Pontífice” deu início hoje às 5 horas de Brasília ao conclave. A celebração foi presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, o alemão Joseph Ratzinger, considerado o favorito para ser o novo papa. A reunião do conclave para escolher o sucessor de João Paulo II terá início às 16h30 (11h30, horário de Brasília), com a participação de 115 cardeais, procedentes de 52 países dos cinco continentes.

Durante a missa, Ratzinger denunciou a “ditadura do relativismo” e fez uma defesa dos valores mais tradicionais. Pela primeira vez, esta celebração litúrgica foi aberta a todos os fiéis e transmitida ao vivo pela televisão. Também foi transmitida ao vivo o desfile dos cardeais até a Capela Sistina para começar o primeiro conclave do Terceiro Milênio.

Depois do juramento de manter em segredo suas deliberações, os cardeais decidirão se votam hoje mesmo ou adiam a primeira apuração até terça-feira, por isso não se sabe se nesta segunda-feira se poderá ver a primeira “fumaça”.

As cédulas eleitorais e as anotações dos cadreais são queimadas no final de cada turno de votação na estufa que lança a fumaça branca ou preta, que avisa se o novo papa foi eleito ou não.

Em conclaves anteriores não se votou no primeiro dia. Para ser eleito pontífice da Igreja Católica é necessário alcançar dois terços dos votos dos cardeais eleitores – fixados nesta ocasião em 77 -, nas primeiras 33 votações.

Depois, se escolhe entre os dois candidatos mais votados da última votação e se decide por maioria absoluta. As previsões indicam que será um conclave breve, como foram os oito precedentes ao longo do Século XX. Pio XII foi eleito com três escrutínios; João Paulo I, com 4; Paulo VI, com 5; João Paulo II, com 8, e João XXIII, com 11.

Durante o conclave os cardeais ficarão alojados na Residência Santa Marta, dentro do Vaticano, e dali irão diariamente para a Capela Sistina, submetida a um férreo controle para impedir escutas.

As apostas de papáveis contemplam a possibilidade que o próximo papa possa não ser nem italiano nem sequer europeu, em consonância com a dimensão intercontinental do Colégio Cardinalício.

Nessa direção se olha para a América Latina, onde vivem cerca da metade dos mais de um bilhão de católicos que há no mundo e que aguardam, ansiosos, a eleição de quem será o papa 265 da história.

Ratzinger denuncia a “ditadura do relativismo” no início do conclave
Ratzinger denunciou, durante a missa de abertura do conclave, a “ditadura do relativismo” e fez uma vigorosa defesa do que qualificou de “uma fé clara, que com freqüência é etiquetada como fundamentalismo”.

“Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é com freqüência etiquetado como fundamentalismo. Enquanto o relativismo, ou seja, o deixar-se levar daqui para lá por qualquer vento de doutrina, aparece como a única atitude à altura dos tempos modernos”, afirmou o decano do colégio cardinalício diante dos 115 cardeais que elegerão o sucessor de João Paulo II.

Ratzinger fez uma defesa dos valores mais tradicionais. “A pequena barca com o pensamento dos cristãos sofreu, não pouco, pela agitação das ondas, arrastada de um extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo até a libertinagem, do coletivismo ao individualismo mais radical, do ateísmo a um vago misticismo, do agnosticismo ao sincretismo”, afirmou.

O decano do colégio cardinalício, grande defensor do dogma, que parecia cansado e que foi moderadamente aplaudido, também manifestou sua preocupação com o “nascimento a cada dia de novas seitas (…) baseadas no engano dos homens”, um dos maiores problemas destacados pelos cardeais da América Latina presentes em Roma.

Ratzinger disse durante a homilia que este momento é para a Igreja “uma hora de grande responsabilidade” e pediu a Deus que o novo papa guie em direção ao conhecimento de Cristo.

“Nestas horas, sobretudo, pedimos com insistência a Deus para que depois do grande papa João Paulo II nos dê novamente um pastor segundo sua coração, um pastor que nos guie ao conhecimento de Cristo, a seu amor, a verdadeira alegria”, afirmou Ratzinger, diante dos outros 114 cardeais que participarão no conclave e milhares de fiéis reunidos na basílica de São Pedro do Vaticano.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Universidade Federal de Mato Grosso discute criação de novo campus

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) recebeu hoje uma...

Idosa dada como morta consegue reativar benefício previdenciário em Mato Grosso

Uma aposentada conseguiu reaver seu benefício previdenciário, que havia...

IFMT abre vagas para contratação de professores em Sinop, Lucas e outras cidades

O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) abriu processo...

Mutirão da Defensoria em Sinop e mais cidades oferece filiação socioafetiva

A filiação socioafetiva pode ser realizada gratuitamente por pais,...
PUBLICIDADE