O ministro da Defesa, Waldir Pires, anunciou que o tráfego aéreo será normalizado até este domingo (5). O ministro afirmou também que serão criados grupos de trabalho para examinar a criação de uma carreira própria para estes profissionais já na próxima semana. “Esta é uma aspiração antiga dos controladores. E quase todos os países adotam a carreira dos controladores”, disse.
Após participar de uma teleconferência com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, com o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, e mais três representantes sindicais da categoria, o ministro se disse satisfeito com o avanço das negociações.
“Esperamos termos chegado ao fim dos entendimentos, em todas as áreas, para que tenhamos a situação normalizada já neste fim-de-semana. Praticamente todos os vôos de hoje [quinta-feira, 2] estão dentro dos seus horários. É mínima a porção de atrasos. Esperamos uma sexta-feira tranqüila, com o tráfego já normalizado. E que, no domingo, a população possa retornar [do feriado] em paz”.
Waldir Pires confirmou a participação do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nas negociações com os controladores civis e militares. E disse que será analisada a possibilidade de que a carreira dos controladores de vôo deixe de estar subordinada ao comando militar. “Examinaremos todas as reivindicações em termos de demonstrar nossa sensibilidade à natureza do trabalho deles.”
Nesta sexta-feira será publicada no Diário Oficial da União uma medida provisória autorizando a contratação de 60 novos profissionais. Segundo o ministro, a medida pode viabilizar inclusive a contratação de aposentados. “Um pessoal experiente, que pode chegar e se associar ao grupo de trabalho imediatamente”.
Ao ser questionado se a crise nos aeroportos teria se originado a partir de uma “greve branca”, Waldir Pires disse, enfaticamente, que não. “Para mim, se trata da organização da aspiração de uma determinada categoria”.
O ministro também disse que não será preciso que as companhias aéreas reduzam a quantidade de vôos para auxiliar a aliviar a crise nos aeroportos.