O Centro de Endemias informou, esta manhã, que entre os dias 15 a 19 de junho foram inspecionados 2.083 imóveis e capturadas dez amostras positivas do mosquito, obtendo um índice de infestação de 0,4 décimo de percentual, uma queda de 95,5% em relação ao último, segundo dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti. No primeiro levantamento, em janeiro, o índice estava em 9% e o setor fez mutirão de limpeza recolhendo potenciais criadouros, além das ações conjuntas com Corpo de Bombeiros, CDL e Aces, realizadas no quadrilátero central. Foram contratados mais 60 colaboradores.
Outra atividade desenvolvida foi o trabalho de recuperação de imóveis fechados, que contou com o apoio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, para visitar as residências nos sábados e em horários diferenciados. Sempre no intuito de orientar os moradores, como também, de eliminar e tratar focos com acumulo de água. Durante a pandemia os trabalhos contínuos em pontos estratégicos, bloqueios químicos mediante notificações, atendimentos de denúncias, inspeção em bocas de lobos e também as atividades educativas foram intensificados.
De acordo com o coordenador do Centro de Endemias, Jorge Bevilaqua, todas essas medidas contribuíram para a redução do mosquito, porém é necessário que a população fique sempre alerta quanto ao risco das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti. “Sabemos que a redução se deve muito ao período de estiagem, neste tempo obrigatoriamente temos uma queda 15% a 40% nos índices. Outro ponto que contribuiu, é que por conta da pandemia nossos agentes não podem entrar nas residências e registrarem os focos ali existentes, como vasos de flores, ralos, pingueira do ar condicionado, reservatórios de água atrás da geladeira e outros. Mas, mais de 50% da queda é sim devido a eficácia do trabalho pelas equipes de endemias e seus parceiros”, frisa o coordenador.
A diretora da Vigilância em Saúde, Theanny Salerno, pede que a população não deixe de cuidar das suas casas. “Não podemos nos acomodar, nossas equipes continuam firmes nos trabalhos preventivos, mas é necessário que todos façam sua parte. Em Sinop, 90% dos pontos com foco de criadouros do Aedes situam-se nas residências e, na seca os mosquitos migram dos quintais para dentro da casa do cidadão na busca por água parada, então o cuidado deve ser redobrado, porque ele pode estar escondido em locais menos prováveis”, alerta a diretora.
A maioria das larvas é encontrada em objetos simples e que, quando despercebidos, tornam-se propícios à vida do inseto. O Aedes Aegypti é responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e a zika.