O incêndio que ameaça o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, há quase uma semana, ainda não havia sido controlada até o final da tarde de ontem. Porém, o major do Corpo de Bombeiros, Héctor Péricles, acredita que todos os focos estejam apagados até a tarde de hoje. Ele traçou este quadro com base nas chuvas isoladas, que se armaram na localidade ontem à tarde e o trabalho integrado entre Ibama, voluntários e bombeiros que apresentou bons resultados na identificação rápida de focos.
Conforme o coordenador do Grupo Especial de Prevenção e Combate a Incêndios (GEPCI), tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, João Rainho, as únicas dificuldades a serem vencidas foram os fortes ventos e a difícil localização do fogo, que começou, devido a um raio, conforme testemunhas, na tarde de domingo (12), na região do Morro da Neblina.
O gerente do parque, Cecílio Pinheiro, disse que poucos hectares da unidade de conservação foram atingidos. O que mais queimou, segundo informou o tenente-coronel, Rainho, foi a Área de Proteção Ambiental (APA) de entorno do Parque.
Major Héctor relatou que neste ponto houve dificuldade de visibilidade pela manhã devido a espessa fumaça. Foi preciso que o helicóptero do Ibama identificasse os pontos certos para deixar os brigadistas. Mesmo com toda a dificuldade esse foco, disse o bombeiro, estava quase todo controlado ontem.
Já o incêndio na região próxima a base da Aeronáutica não foi debelado porque aumentou com os ventos. O combate foi feito até às 19h e recomeça hoje, às 5h.
Sob ameaça – Esta é a segunda vez este ano que há descontrole de fogo próximo a Unidade de Conservação Nacional de Chapada dos Guimarães. O primeiro foi no início de julho, no entorno do mirante. A pior das ocorrências sofridas foi em 2007, dentro da área do Parque. Dos 33 mil hectares, foram queimados cerca de 90 hectares.
Além desse incêndio os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também detectaram outras Unidades de Conservação com focos de calor durante toda esta semana. Foram elas: Parque Estadual do Araguaia, em Novo Santo Antônio; a parte externa próxima a Estação Ecológica da Serra das Araras, em Porto Estrela; e as Terras Indígenas Tapirapé/karajá e Urubu Branco, todas em Santa Terezinha e; Maraiwatsede, em São Félix do Araguaia.