Além das denúncias de corrupção no cenário político mato-grossense, ações do governo federal reforçam o impacto negativo no crescimento do estado. Estes são os pontos principais apontados pelo candidato a governador, Bento Porto (PSC), que na sua
opinião impedem o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso.
De acordo com Bento, nos últimos dois anos, os setores agropecuário e florestal vêm sofrendo com a política econômica desastrada da União. “O câmbio derrubou o preço, em real, da soja e da carne. O mesmo acontece com a madeira. E mesmo Mato
Grosso mantendo uma produtividade acima da média nacional, os preços baixos e os custos de produção elevados defasam o setor do agronegócio”, afirma ele.
O candidato, que é ex-deputado federal e secretário de Planejamento do estado, acredita que essa defasagem é responsável pela crise cujos reflexos econômicos e sociais já são perceptíveis. “A tendência, nos próximos anos, é que essa crise se
alargue para outros setores”, frisa Bento Porto .
Ele relembra que a reação tardia dos produtores, através do grupo do Ipiranga, bloqueando rodovias e o transporte de algodão e insumos, fez o governo federal aprovar um pacote de R$ 50 bilhões para crédito. Porém, lembra ele, segundo dados
Famato, atende apenas 20% dos produtores. A previsão é que deverá ocorrer uma redução aproximada de 30% na safra de 2006/2007.