O dólar subiu e voltou a bater nos 2,20 reais nesta quarta-feira, influenciado pelo mau humor nos mercados internacionais, principalmente nas bolsas norte-americanas.
O dólar terminou o dia com alta de 0,78 por cento, a 2,201 reais, patamar que não era alcançado há uma semana.
O leilão de compra de dólares do Banco Central realizado no fim da manhã também ajudou a enxugar parte da liquidez do mercado. A autoridade monetária aceitou 13 propostas, com taxa de corte a 2,189 reais.
Segundo o operador de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado, o BC adquiriu cerca de 250 milhões de dólares.
A ausência de indicadores relevantes fez com que o câmbio continuasse baseando seus movimentos no comportamento dos outros mercados, especialmente das bolsas norte-americanas –voláteis nessa temporada de divulgação de resultados.
“O mercado está parado, não tem nenhum tipo de evento. Está acompanhando os desdobramentos lá fora, vendo os números”, afirmou Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy.
As bolsas norte-americanas recuavam mais de 1 por cento nesta tarde por conta de comentários de um analista de que a Apple Computer pode alertar que a receita e o lucro ficarão abaixo das expectativas.
No mercado de moedas, o dólar se valorizava frente a outras divisas depois de dados mostrarem que o déficit comercial norte-americano cresceu menos que o esperado em maio. A balança comercial dos EUA registrou saldo negativo de 63,8 bilhões de dólares em maio, abaixo do déficit de 64,9 bilhões de dólares esperado.
Os investidores aguardam mais dados sobre a economia dos EUA em busca de sinais sobre o rumo da política monetária no país.