O prazo de permanência de João Arcanjo Ribeiro na Penitenciária Federal de Mato Grosso do Sul encerra dia 29 de setembro e até o momento a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) não fez pedido para que ele seja mantido naquela unidade prisional. O diretor da Penitenciária Central do Estado, José Carlos de Freitas, já prepara para receber o “Comendador” na ala A do raio 5, destinada aos criminosos considerados mais perigosos.
Arcanjo está preso no estado vizinho desde o dia 16 de outubro de 2007. Outros condenados de Mato Grosso que foram transferidos para Mato Grosso do Sul já retornaram, a exemplo de Célio Alves e Hércules de Araújo Agostinho, que passaram um tempo em Cuiabá e seguiram para uma unidade de segurança de Rondônia.
Conforme o secretário adjunto de Justiça, Wilquerson Felizardo Sandes, o Ministério da Justiça ainda não encaminhou a documentação informando o retorno. Após este procedimento é que a Sejusp toma as providências cabíveis. Ele afirma que fará uma reunião para definir o que será feito em relação ao assunto.
Mesmo diante da indefinição, o diretor da Penitenciária Central destaca que o retorno é inevitável e a qualquer momento pode acontecer, mesmo existindo tantas tentativas de prorrogar a estadia de Arcanjo em Mato Grosso do Sul. José Carlos garante que a unidade prisional de Cuiabá tem segurança para manter o “Comendador” no Estado, eliminando riscos de fuga.
Atualmente, o raio 5 tem cerca de 100 detentos, que ficam divididos nas alas A e B. A primeira é destinada aos presos mais perigosos, enquanto a segunda é uma área mais coletiva. Depois de passar um tempo no raio 5, conforme determina o procedimento padrão, é escolhido o local onde o preso cumprirá a pena. Arcanjo não costuma ser transferido de raio.
Comparsas – Assim como Arcanjo, os pistoleiros Hércules e Célio foram mandados para Campo Grande em julho de 2007, mas retornaram em 22 de janeiro deste ano, depois de uma tentativa frustrada da Sejusp em mantê-los no estado vizinho.
Em 29 de abril, em meio a uma mega operação de segurança, os pistoleiros e outros 16 presos que estavam detidos na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, foram transferidos para o presídio federal de Porto Velho (RO). A operação foi realizada em aeronave da Polícia Federal, com o apoio de 20 agentes penitenciários federais. A unidade de segurança máxima de Rondônia foi inaugurada em maio de 2008 e tem capacidade para 208 reeducandos.