A juíza Thatiana dos Santos decidiu manter preso um dos acusados de envolvimento no homicídio empresário Edemar Pinto de Mesquita, 47 anos, executado, em março, em uma marcenaria, no bairro Campo Verde, em Cláudia (90 quilômetros de Sinop). A defesa alegou que o acusado cometeu o crime em legítima defesa.
Para a juíza, no entanto, o acusado não apresentou “argumentos sobre eventual alteração do quadro probatório existente entre o dia da decretação da prisão e a realidade fática atual”. A magistrada também refutou a afirmação da defesa de que o réu não iria violar a aplicação da lei penal, caso fosse colocado em liberdade. “Tal alegação cai por terra, pois após a ocorrência dos fatos o denunciado ficou foragido até 24 de junho quando foi apreendido pela autoridade policial, o que demonstra que se for posto em liberdade poderá fugir novamente e a aplicação da lei penal será frustrada”.
Dos três supostos envolvidos no crime, ele é o único que permanece preso. Isso porque, em julho, o juiz Adalto Quintino da Silva acatou o pedido da defesa e mandou soltar outros dois acusados de participarem no crime. Na época, o magistrado destacou que, apesar da materialidade do fato, “os elementos suficientes de autoria mostram-se duvidosos”.
Conforme Só Notícias já informou, o corpo do empresário foi encontrado após denúncia de sequestro, à polícia, por telefone. Uma viatura se deslocou até a marcenaria, onde a vítima relatou que, minutos antes, escutou uma discussão entre o atual marido e o ex. Em seguida, ouviu o esposo gritar e então acionou a PM. Os policiais fizeram varredura no estabelecimento e acabaram encontrando o corpo do empresário.