Considerado a segunda maior força do futebol profissional de Rondonópolis – só fica atrás do arquirival União -, o Vila Aurora já começa a ensaiar seu retorno ao futebol de Mato Grosso. Rebaixado à Segunda Divisão em 2013, o ‘Tigrão’ da Vila primeiro que regularizar sua vida financeira para retornar aos gramados a partir de 2016.
Para quitar uma dívida trabalhista orçada em R$ 600 mil, a atual diretoria sob presidência de Maros Lourenço Braga se viu obrigada a vender no início deste ano uma área de 10 mil metros quadrados de um total de 85 mil de seu Centro de Treinamento (CT), a Toca do Tigre, para ‘limpar’ seu CNPJ da Justiça Trabalhista. O pedaço da área foi vendida pelo valor de R$ 1,5 milhão. Desse montante, R$ 300 mil já foram quitados em ações trabalhistas de um grupo de oito ex-jogadores do clube. Outra metade de R$ 300 mil está em aberta pelo fato de apenas dois ex-atletas não aceitarem um acordo financeiro, mantendo os processos na Justiça do Trabalho.
Segundo o supervisor geral do clube José Gomes da Costa, hoje o maior problema do Vila Aurora, campeão Estadual em 2005 e da extinta Copa Mato Grosso em 2009, não é dívida, mas a falta de gerenciamento. “O Vila Aurora talvez seja um dos poucos clubes de Mato Grosso que tem um patrimônio bem avaliado. Mesmo vendendo dez mil metros quadrados de toda a nossa área, ainda temos 75 mil, avaliado em R$ 14 milhões. O que falta é um entendimento entre os sócios para reerguermos o clube”, disse o dirigente, ressaltando que o ‘Tigre’ da Vila tem 94 sócios, sendo que sua maioria não tem interesse em assumir a presidência.