Reduzir gastos com a máquina pública antes de se partir para a desoneração dos setores produtivos. Este é o principal caminho trilhado pela equipe econômica do Governo de Mato Grosso. Nesta semana, a Câmara de Desenvolvimento debateu o assunto e recebeu um relato de diagnósticos e expectativas com relação às políticas públicas para o setor produtivo no ano de 2016.
Convidado para o encontro, capitaneado pelo governador Pedro Taques (PSDB) e pelos secretários de Desenvolvimento, Seneri Paludo, e de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira, o titular da Secretaria de Planejamento, Marco Marrafon, explicou a representantes do setor produtivo quais foram as medidas já tomadas pela gestão ao longo dos 10 primeiros meses. “Foi um encontro muito proveitoso em que pude explicar como colocamos um estado mais leve, mais eficiente e foi muito interessante este diálogo”.
O encontro foi mantido com representantes da Federação das Indústrias (Fiemt), da Agricultura (Famato), além de lideranças do agronegócio. Marrafon explicou que há três alternativas para a implementação de mudanças nas questões fiscais e de desenvolvimento. “A pior alternativa é aumentar os impostos sem reforma, um cenário de caos, exatamente o que o Governo Federal tem feito. Uma outra alternativa é diminuir os impostos sem a conclusão das reformas, que seria algo bastante arriscado, uma vez que pode se colocar o Estado em risco. Não é o momento para fazer isso, tem que ter cuidado”.
A última alternativa, que foi considerada pelo governo como a que melhor corresponde à perspectiva positiva para buscar o desenvolvimento é primeiro se fazer a reforma fiscal, reduzir o custeio com a máquina pública, para depois trabalhar a desoneração ou a redistribuição dos impostos. “Este é o caminho mais adequado, o que tomamos para ser feito. Temos conseguido avançar muito e, acredito, ultrapassando esta primeira etapa vamos melhorar ainda mais o ambiente de negócios de Mato Grosso”.