Everton Goiano e Éder Taques. Um deles entra para a história do futebol matogrossense esta noite. Os dois tem algo em comum, neste estadual: foram os responsáveis por “formar” os times que dirigem. Eles sugeriram contratações de alguns atletas, da comissão técnica e tiveram o aval dos dirigentes, além do apoio da torcidade que está com o grito de “é campeão” preso na garganta.
O fato de conhecer bem o grupo tornou os dois comandantes peças fundamentais para a caminhada à final.
Muitas vezes, diante dos primeiros resultados adversos, quem acaba “pagando o pato” é o treinador, que é demitido, mas com eles foi diferente.
União e Operário se alternaram nas posições, na primeira fase, e até correram risco de não se classificar. O União terminou em terceiro na chave B, mesma posição do tricolor na chave A. Mas eles conseguiram passar pelos adversários e decidem quem fica com o troféu.
Éder Taques já conhece o sabor da conquista – foi campeão estadual dirigindo justamente o Operário. “Quando você tem liberdade para montar o time, e tempo para que os jogadores busquem o entrosamento, ai sim começa o papel do técnico. Neste campeonato tivemos bons exemplos de que a continuidade do trabalho do treinador dá certo. O Tarcísio (ex-Luverdense) fez um excelente time, que acabamos vencendo. O próprio Vila manteve a comissão que foi campeão da Copa Mato Grosso(Paulo Bagagem), então dá resultado um trabalho a longo prazo”, disse, ao Só Notícias, o comandante do colorado do Sul do Estado, que poderá ser o primeiro treinador campeão com o União.
O time aguarda na fila, há mais de três décadas, sonhando com campeonato da primeira divisão. Já participou de nove decisões e perdeu todas.