Acabou a preparação. Depois de 11 partidas realizadas neste ano, a torcida do São Paulo finalmente verá o time estrear em seu principal compromisso neste ano: a Copa Libertadores da América. A caminhada rumo ao quarto título começa nesta quarta-feira na Colômbia, onde a equipe enfrenta o Nacional de Medellín às 21h50 (horário de Brasília).
Em casa, o Tricolor não passa por seu melhor momento: é apenas o quinto colocado do Campeonato Paulista com 20 pontos, tendo vencido cinco jogos e empatado outros cinco. Por isso, o próprio elenco admite que o momento para iniciar a participação na competição sul-americana não é dos melhores.
“Hoje, o São Paulo não se encontra como favorito a ganhar o título da Libertadores. Mas isso depende apenas de nós”, admite o goleiro Rogério Ceni, que cobra a reação dos companheiros. “Vamos lutar para chegar à final e conseguiremos. Não temos apresentado um futebol que nos credencie, mas vamos melhorar”, promete.
Entre os jogadores do elenco são-paulino, a impressão é a de que o pacto com o capitão foi fechado. “A gente vai entrar com força total. Não apenas a diretoria, mas nós também queremos conquistar este ano – até pela campanha do ano passado”, afirma o volante Richarlyson, relembrando a eliminação frente ao Grêmio nas oitavas-de-final de 2007.
Para o meia Jorge Wagner, principal responsável pela articulação e criação de jogadas, a partida contra o Nacional de Medellín é a mais importante de 2008 até agora. “Até pela situação pela qual a gente passa no Paulista. Vamos estrear fora de casa na Libertadores, por isso esta partida pode ser a mais importante para o nosso time neste ano”, ressalta.
Porém, o time não estará completo para fazer o jogo desta quarta contra El Verde – como é conhecido em seu país o Nacional. Entre os jogadores inscritos na Libertadores, Alex Silva, Dagoberto e Aloísio estão de fora da primeira partida. O zagueiro ainda se recupera de uma cirurgia no joelho, enquanto os atacantes vêm de problemas físicos recentes na coxa e no púbis, respectivamente.
Otimista, o São Paulo acredita que a partida contra os colombianos possa marcar o início de uma ascendente. “É momento de superação. Esta temporada não vai ser diferente. O São Paulo vai se superar”, promete Jorge Wagner. “A gente vai buscar vitória para ver se consegue uma boa arrancada”, completa Hernanes.
Pelo menos no quesito retrospecto, os tricolores podem se animar para a estréia. Até hoje, foram oito jogos contra o Nacional de Medellín, com cinco vitórias do São Paulo e dois empates – o último deles no Brasil em 94, em confronto que classificou os comandados de Telê Santana para as quartas-de-final da Supercopa da Libertadores. Na Colômbia, foram seis jogos e quatro vitórias brasileiras
O lado verde do duelo – O Atlético Nacional, porém, vem animado para o confronto desta quarta, para o qual treina desde a segunda-feira. No final de semana, a equipe venceu o clássico contra o Independiente de Medellín por 1 a 0 e se reabilitou do péssimo começo do Apertura local, alcançando a décima colocação entre as 18 equipes do torneio.
O time tem poucos problemas para enfrentar o São Paulo em casa, onde contará com grande apoio da torcida. O volante José ‘Ringo’ Amaya sentiu dores no treino físico desta segunda, mas deve ser mantido entre os titulares do técnico argentino Oscar Quintabani. Por outro lado, o meio-campo chileno Fernando Martel está vetado pelo mesmo motivo.
O nome mais conhecido do time – pelo menos entre os brasileiros – é o do atacante Muñoz. Ex- Palmeiras, Goiás e Paulista de Jundiaí. O jogador terá suas condições físicas avaliadas pela comissão técnica do time colombiano nesta terça-feira, e pode ser opção para o time titular.