O elenco do Santos nunca negou que um empate nesta quarta-feira, na Cidade do México, seria encarado como um bom resultado. E conseguiu a igualdade. Contra um time misto do América, que poupou titulares para o clássico com o Chivas, o Peixe ficou no 0 a 0 no jogo de ida das quartas-de-final da Copa Libertadores.
Agora, o Santos avança às semifinais se empatar com gols na Vila Belmiro, na próxima quarta-feira. Antes do América do México, o técnico Wanderley Luxemburgo se preocupará com o América-RN, rival de sábado pelo Campeonato Brasileiro. Desta vez, deverá ser o Alvinegro a preservar seus principais atletas.
Com seu time misto, o América não conseguiu justificar nos primeiros minutos toda cautela adotada por Luxemburgo para a partida desta quarta-feira. Os três zagueiros do Santos, Marcelo, Ávalos e Domingos, substitutos da dupla Adaílton-Antônio Carlos, não precisavam suar a camisa para conter as investidas dos mexicanos.
Por outro lado, o Peixe também não fazia aquilo que se propusera durante a semana. Desde domingo na Cidade do México, para se ambientar com a velocidade da bola nos cerca de 2.400 metros de altitude, os principais jogadores do time brasileiro pouco arriscavam de longa distância, assim como o adversário.
O Santos, ao contrário, tentava jogar dentro de suas características, com rápida troca de passes no meio-campo. O problema é que Cléber Santana e Zé Roberto se distanciaram de Marcos Aurélio, responsável pela criação dos melhores lances do Peixe. No final, até Domingos concluiu a gol, mas sem nenhuma pose de atacante.
O América começou o segundo tempo em cima do Santos, que passou a se conformar com os contra-ataques. A pressão não convenceu o técnico Luis Fernando Tena. Pouco depois dos dez minutos, ele deu motivos para a torcida local festejar: o ídolo Blanco e o também atacante Cabanãs substituíram Mosqueda e Iñigo.
Apesar do maior poderio ofensivo do América após as alterações, no outro banco de reservas Luxemburgo comemorou o novo panorama tático da partida. Os mexicanos perderam um zagueiro e força na marcação. Melhor para a estratégia do Santos, que se mantinha bem postado no campo de defesa, pronto para os contragolpes.
Sem temer uma surpresa do Peixe, o América foi ainda mais à frente, com Fernandez no lugar de Pérez. Luxemburgo resolveu responder. Trocou Rodrigo Souto por Rodrigo Tabata e Marcos Aurélio por Pedrinho, na tentativa de reforçar o setor de criação. Não adiantou para nenhum dos lados, que pararam mesmo no 0 a 0.