Pouco mais de quatro meses depois de levar 6 a 1 do Figueirense, o Verdão reencontrou o adversário na noite desta quarta-feira, no Parque Antártica, disposto a apagar de vez o vexame de Florianópolis. Diante de um time bem montado, no entanto, o Verdão encontrou dificuldades, e chegou a ficar em desvantagem, mas chegou ao empate com um gol de Enílton.
O primeiro tempo do duelo foi bastante movimentado, mas faltou ao Palmeiras maior poder de penetração para assustar o goleiro Andrey, talvez pela ausência do polivalente Paulo Baier, suspenso. Wendel, após boa jogada de Amaral, e Edmundo, pegando de primeira um cruzamento de Michael, tiveram as melhores oportunidades do Verdão.
O Figueirense, por sua vez, teve nos pés de Soares, vice-artilheiro do Brasileirão, a chance de ouro para abrir o placar, mas a ansiedade atrapalhou e o chute, de dentro da pequena área, acabou saindo fraco, à direita de Diego Cavalieri. Schwenck, entrando livre pela direita, também levou perigo, mas parou nas mãos do goleiro alviverde.
O destaque (negativo) da etapa inicial acabou ficando para a arbitragem do sergipano Antônio Hora Filho. Enílton e Juninho Paulista reclamaram demais e acabaram punidos com cartão amarelo, para desespero da torcida e dos companheiros. “Ele está invertendo faltas e não marcando alguma a nosso favor. Paciência. Temos que bater o Figueirense e o juiz”, resignou-se o zagueiro Dininho, ao descer para o intervalo.
Na volta para o segundo tempo, Tite tornou o Palmeiras mais ofensivo, colocando o meia Marcinho no lugar do lateral Amaral. Com isso, deslocou o volante Wendel para o lado direito do campo e fortaleceu o setor de criação da equipe.
Logo aos dois minutos, Marcinho recebeu livre na área e balançou as redes de Andrey, mas o assistente preferiu invalidar o lance e jogar água no chope palmeirense, alegando impedimento do camisa 16. Na seqüência, Edson cobrou falta da intermediária e Diego Cavalieri, com precisão, esticou-se todo e evitou o gol catarinense.
Tite voltou a mexer no time e trocou Juninho por Valdívia. Quando entrava em campo pedindo bola, o chileno viu Alceu subir mais do que a zaga rival e cabecear uma bola na trave de Andrey, que espalmou com os olhos.
Quando o Verdão estava melhor, uma bobeira da zaga quase definiu a sorte do jogo. Aos 15, Schenck recebeu lançamento da direita, dominou, parou, fingiu que ia devolver e, ao ver a zaga palmeirense abrir, bateu seco, no canto de Diego Cavalieri: 1 a 0, com a anuência da defesa verde. Na seqüência, o Figueira teve a chance de ampliar, mas, no contra-ataque, foi a vez do time de Santa Catarina retribuir o presente. Em bola espirrada e fácil para o goleiro Andrey, o camisa um vacilou na saída do gol e Enílton, mais veloz (e em posição de impedimento), deixou tudo igual.
Em sintonia com a torcida, Tite ouviu os apelos e trocou Michael por Chiquinho. O Palmeiras partiu com tudo em busca da virada, mas não conseguiu furar novamente o bloqueio do time catarinense. O desejo de vingança ficou para mais tarde, mas, ao menos, o Verdão colocou mais um pontinho na sacola e chegou à sua 11ª partida sem derrota, recorde na atual edição do Brasileirão.
No final de semana, pela terceira rodada do returno, o Verdão desce a Serra para encarar o Santos na Vila Belmiro, domingo, às 16 horas. Um dia antes, no Mineirão, o Figueirense encara o Cruzeiro, também às 16 horas.