A casa era diferente: devido a um show de Roger Waters, no Mineirão, o Cruzeiro se viu obrigado a jogar contra a Chapecoense, no Independência, na noite deste domingo. Mas, independentemente do local, a Raposa fez festa: ainda comemorando a taça da Copa do Brasil, conquistada na última semana, o time celeste bateu o adversário por 3 a 0, sem dificuldades, com os gols ainda no primeiro tempo.
O time celeste iniciou o confronto com mais intensidade e não teve dificuldades para fazer o primeiro gol. Após abrir a vantagem, com a Chape buscando empatar ou fazer algo melhor, a Raposa conseguiu fazer mais tentos e ter tranquilidade para, no segundo tempo, apenas administrar.
O resultado deixa o Cruzeiro na 10ª colocação, com 40 pontos anotados. A Chape amarga a zona de rebaixamento, com 31 tentos, na 18ª posição.
A Chapecoense volta aos gramados no sábado, às 19h (de Brasília), na Arena Condá, contra o América. O Cruzeiro recebe o Paraná, no Mineirão, no mesmo dia, mas às 21h.
Primeiro tempo
O técnico Mano Menezes entendeu que a melhor opção era ir para o duelo contra a Chapecoense com seu time inteiro titular. Exatamente os mesmos atletas que venceram o Corinthians, em São Paulo, conquistando o título da Copa do Brasil. Foi difícil fazer qualquer projeção de equipe, considerando que a equipe chegou em Belo Horizonte após a conquista da taça, no entanto, somente comemorou.
Os primeiros minutos mostraram o Cruzeiro bastante ativo no ataque. A equipe de Mano trocava passes, buscava as melhores oportunidades e abria espaços da fechada Chape. O time visitante claramente tinha a proposta de se defender e buscar algo de contra-ataque durante a partida.
A retranca, no entanto, não teve força suficiente para segurar o ânimo dos cruzeirenses. Em troca de passes no meio campo, Thiago Neves recebeu na entrada da área e soltou o pé. A bola ganhou o ângulo do goleiro Jandrei que ainda tocou na redonda.
Após o tento, o time da Chapecoense se viu obrigada a buscar o jogo. A equipe passou a ficar mais presente no ataque, mas a qualidade técnica era praticamente inexistente. Enquanto a Chape tentava, com pouca criatividade, a Raposa se preparava para contra-atacar.
Aos 29 a Raposa ampliou. Em lançamento de Thiago Neves para Barcos, o Pirata dominou, ganhou a frente e chutou. O goleiro fez a defesa, mas a bola sobrou para Arrascaeta que, de cabeça, mandou para o fundo das redes.
Com 2 a 0 no marcador, o Cruzeiro tinha a tranquilidade de administrar o jogo. Trocava passes, era mais tranquilo em campo. Com isso, a Chape passou a se arriscar mais, querer algo no jogo e quase conseguiu. Em cruzamento na área, Leandro Pereira subiu e Fábio se esticou todo e evitou o tento.
No finalzinho, já nos acréscimos, em cobrança de escanteio, Dedé foi no quinto andar, conseguiu ser melhor que todos os defensores e marcou o tento.
Segundo tempo
Na volta para o segundo tempo, o Cruzeiro tirou o pé. A Raposa já tinha 3 a 0 no placar e não se preocupava em ter mais a intensidade inicial.
O técnico Mano Menezes então fez alterações na equipe, querendo novidades em campo, mas não conseguiu criar fatos novos. Talvez, o mais do mesmo: com Rafinha na esquerda, Raniel na frente, sem alterar o desenho tático, sem mudar o estilo de jogo.
A Chape, por sua vez, criou mais, conseguia chegar com mais qualidade, e passou a ser – por incrível que pareça – ser eficiente, chegar, dar trabalho ao goleiro Fábio. No entanto, muito pouco diante das necessidades e, com três gols de desvantagem, o jogo era mais para não ser completamente humilhado.