Os jogos Escolares e Estudantis mobilizaram mais de 170 mil pessoas, entre atletas, dirigentes e expectadores, durante o ano passado. Além disso, os eventos garantiram emprego e renda para professores, técnicos e árbitros de futebol, basquete, handebol vôlei, futsal e atletismo.
A competição foi dividida em dois semestres. Até a metade do ano foram realizadas as dez etapas regionais e a fase estadual dos Jogos Escolares da Juventude. Tais jogos classificaram as escolas de Mato Grosso para a etapa nacional do evento, que ocorreu nas cidades de Fortaleza e Londrina. Mais de 16 mil atletas participaram desse processo.
Já no segundo semestre foram realizadas as dez etapas regionais dos Jogos de Seleções Municipais Estudantis, que envolveram 95% dos 141 municípios de Mato Grosso. A competição reuniu mais de 10 mil estudantes.
Diferente dos jogos escolares, quando escolas competem entre si, o estudantil é a reunião das seleções dos melhores atletas de cada município. O vencedor de cada regional se credencia para disputar o estadual, que ocorre todo final de ano.
Em 2015, o estadual de seleções foi realizado em dezembro, na cidade Campo Novo do Parecis. Só nessa fase houve a participação de 1548 atletas, distribuídos nos 44 municípios participantes. Também chamou atenção o nível técnico das equipes, que fizeram partidas de tirar o fôlego, muitas vezes decididas no último momento antes do apito final.
Tanta qualidade despertou interesse de grades clubes. Paulo Vinicius, por exemplo, de apenas 17 anos, foi convocado para jogar na seleção brasileira de handebol. No estadual do ano passado ele defendeu a camisa do time de Sorriso.
Para o coordenador de Esportes Educacionais dos Ensinos Fundamental, Médio e Universitário do Estado, Manoel Fonseca, o evento é de extrema importância para o esporte de Mato Grosso, pois movimenta durante o ano inteiro secretarias de esportes, professores de educação física e técnicos das modalidades de futebol, vôlei, basquete, handebol, futsal e atletismo.
Outro aspecto positivo, conforme Fonseca, é a ocupação dos adolescentes. Se não fossem os jogos muitos jovens poderiam estar ociosos nas ruas, reféns da violência urbana e do tráfico de drogas. “Essas competições fazem com que esses meninos não percam tempo com coisas erradas, pois eles precisam treinar o ano inteiro para os Jogos Escolares, no primeiro semestre, e o Estudantil, no segundo semestre”.
Os jogos são uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação de Esporte e Lazer (Seduc-MT). A iniciativa ainda conta com o apoio das prefeituras que sediam os jogos e das federações de futsal, basquete, vôlei, handebol, futebol e atletismo.