A partida contra o Botafogo-SP, da qual o técnico Fábio Carille preservou três jogadores, será especial para o atacante Emerson Sheik. Após mais de três anos, o veterano voltará a disputar um jogo pelo Corinthians como titular.
A última vez em que Sheik havia sido escalado como corintiano fora contra o São Paulo, na noite de 22 de abril de 2015, pela fase de grupos da Copa Libertadores da América. A lembrança não é positiva – o atacante acabou expulso naquele clássico, realizado no Morumbi, e viu o polivalente Michel Bastos e o centroavante Luis Fabiano anotarem os gols da vitória do rival por 2 a 0.
Antes de deixar o Corinthians e passar por Flamengo e Ponte Preta, Emerson Sheik ainda foi utilizado pelo técnico Tite no decorrer de outros três jogos do Campeonato Brasileiro de 2015, as vitórias por 1 a 0 sobre Cruzeiro e Chapecoense e o empate por 0 a 0 com o Fluminense, que marcou a despedida também do centroavante peruano Paolo Guerrero.
Ao contrário de Guerrero, autor dos gols corintianos no Mundial de 2012, o responsável por balançar a rede do Pacaembu na decisão da Copa Libertadores da América daquele mesmo ano continuou em alta com a torcida. Pelo que fez no passado, Sheik ganhou um novo contrato com o Corinthians em 2018, válido por cinco meses e meio, e tornou-se o jogador mais velho da história do clube.
Mesmo aos 39 anos, Emerson Sheik tem se mostrado útil ao técnico Fábio Carille, que o mandou a campo contra Novorizontino, Santo André, Red Bull Brasil, Millonarios, Santos e Mirassol. Na última dessas partidas, o atacante marcou um belo gol para assegurar a vitória por 1 a 0 em Itaquera.
Como o meia Rodriguinho foi preservado diante do Botafogo-SP (assim como o também armador Jadson e o zagueiro Balbuena), Sheik ganhou a chance que tanto aguardava. Novamente titular do Corinthians depois de quase três anos, ele tem adotado um discurso humilde e um comportamento exemplar, bem diferente daquele da primeira passagem, para agradar a Carille também fora de campo.