O Campeonato Mineiro, mais uma vez, terá uma final entre os rivais Cruzeiro e Atlético. Depois de o Galo despachar o Tupi na semifinal deste sábado com uma vitória, foi a Raposa quem se garantiu neste domingo na decisão, vencendo o Ituiutaba no Mineirão por 3 a 1 graças a uma virada conquistada no segundo tempo.
O time de Adílson Baptista teve a chance de conseguir sua vaga para as finais do Estadual já no último final de semana, quando abriu 4 a 1 sobre o Boa fora de casa. Não conseguiu, e ainda permitiu que o time do Triângulo Mineiro empatasse em 4 a 4. O destino poderia ser pior neste domingo, quando o Mineirão viu o domínio vermelho no primeiro tempo, mas o Cruzeiro acordou no intervalo e garantiu mais um clássico na decisão.
Mesmo tendo a vantagem de poder empatar, o Cruzeiro começou o jogo pressionando e dando a impressão de que poderia avançar sem sufoco. Nos primeiros minutos, Jadílson e Jonathan criaram boas chances que o ataque azul não aproveita. O Ituiutaba tentava responder com o experiente meia Pachola, mas é Marcinho quem ameaça abrir o placar, cobrando falta aos 14. No centro do gol, Daniel encaixa sem sustos.
A Raposa, mais cadenciada, chegou a se aproximar do 1 a 0 em belo contra-ataque, no qual Marcinho foi travado após passe de Guilherme. No entanto, foram os ituiutabanos quem saíram na frente com bonito gol de Moreno aos 23 minutos. Depois de chegar atrasado em um cruzamento de Rodrigo Roth, o camisa 11 ainda furou cruzamento de Pachola. Mesmo assim, se redimiu ao colocar por cobertura no ângulo direito de Fábio.
Em desvantagem, o Cruzeiro tenta empatar com Guilherme e Ramires, mas os dois mandaram por cima do gol suas respectivas tentativas aos 29 e aos 31. Atrás, a fechada defesa do Boa ia se segurando, contendo as chegadas cruzeirenses. Com 40 minutos, a zaga do time do interior cede escanteio após bater cabeça; na cobrança, Ramires cabeceia sem perigo por cima do travessão.
A torcida celeste vaiava o time e via o Ituiutaba pressionar com Rodrigo Roth, que arriscou aos 43 e parou na defesa em dois tempos de Fábio. Pressionados, os comandados de Adílson Baptista voltaram do intervalo dispostos a empatar o jogo – o que poderia ter acontecido se o árbitro Ricardo Marques Ribeiro marcasse pênalti em Ramires aos quatro. Em resposta, Fábio salva chance a queima-roupa de Moreno um minuto mais tarde.
A torcida parou de vaiar e voltou a incentivar aos sete, quando Guilherme deu um elástico na defesa e cruzou para a cabeçada de Marcelo Moreno, que parou nas mãos de Daniel. De quebra, ainda explodiu de comemoração aos 13, quando Espinoza desviou cruzamento rasteiro de Marcinho, tocando a bola por entre as pernas do goleiro ituiutabano. Era o empate cruzeirense.
A expulsão de Peterson aos 22 minutos deu ainda mais espaço para o Cruzeiro, que logo dominou as ações e virou o jogo. Com 26 minutos, Leandro Domingues – que havia acabado de entrar no lugar de Marcinho – avança sem obstáculos pela defesa, batendo de fora da área e encobrindo Daniel. 2 a 1 no placar, e a classificação para a disputa do título quase certa.
Virou certeza aos 39, quando Guilherme fez o terceiro. Após cruzamento de Marcelo Moreno pela direita, o atacante pegou bonito e, sem marcação da defesa ituiutabana, fez o seu. Poderia até mesmo ser uma goleada por 4 a 1, mas as conclusões de Charles e Marcelo Moreno pararam na trave de time do Triângulo. O que não cessou a vibração nas arquibancadas.