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Atlético Mineiro vence mas ainda fica perto da zona de rebaixamento

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O que é mais importante na luta para escapar do rebaixamento? Talvez seja pensando nessa pergunta que o técnico Émerson Leão mantenha no banco alguma de suas principais armas no Atlético-MG. Neste domingo, por exemplo, foram justamente os jogadores que vieram dos suplentes que definiram a bela vitória de 3 a 1 do Galo sobre o Sport, no Mineirão, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado foi importante para as pretensões atleticanas no final da competição. Foi o primeiro êxito do Galo após sete jogos seguidos de tropeços. O último resultado positivo havia sido uma goleada de 5 a 2 sobre o Corinthians, também no Gigante da Pampulha, no dia 28 de agosto.

É justamente com o rival paulista que os mineiros definirão sua briga para escapar da degola. E com a vitória corintiana no clássico, a briga é acirrada. Ambos têm 37 pontos, mas o Galo permanece em 16º pelos critérios de desempate. O Sport é o sétimo com 42 e está cada vez mais distante da zona de classificação para a Libertadores, objetivo prioritário para o técnico Geninho.

Neste sábado, o nervosismo tradicional do Atlético era visível. Foram três bolas na trave e quase 75% de posse de bola, enquanto o Sport apenas trabalhava as bolas e se preocupava com a defesa. Leão ouviu em silêncio as vaias da torcida e soube mexer no momento certo. Se no primeiro tempo, Éder Luís já havia empatado após gol pernambucano de Romerito. Em quatro minutos Eduardo e Marinho, duas opções reservas, encontraram as redes e definiram a vitória.

Na próxima rodada, o Atlético-MG tentará manter a boa seqüência diante do lanterna América-RN, no Machadão, no sábado. Um dia antes, o Sport recebe a visita do Figueirense na Ilha do Retiro, sonhando em retomar o caminho de uma competição continental.

Falta tranqüilidade ao time do Atlético. Essa observação pode ser notada rapidamente até para quem não viu nenhum jogo do Alvinegro nesta temporada. À beira da zona de rebaixamento, é evidente que o Galo não tem nenhuma objetividade na hora de concluir as jogadas. Nos primeiros 15 minutos, a posse de bola foi total dos mandantes, mas a principal chance aconteceu pelo lado dos pernambucanos. Aos 13, Luisinho Netto avançou em contra-ataque e cruzou. Marcos, nervoso, tirou de forma estranha e quase marcou contra.

A massa fazia sua parte. O Mineirão tinha um bom público e insistentemente ele tentava empurrar os ídolos. Mas o nervosismo e o preciosismo de alguns jogadores prejudicavam. Aos 23, Marquinhos retomou a posse de bola e tentou a tabela com Danilinho. Na devolução, já dentro da grande área, o camisa 10 pegou mal e conseguiu perder uma chance cara-a-cara.

Chega a ser incrível a forma como o Galo envolve os seus adversários, mas o tempo de jogo passou e Geninho percebeu que a ineficácia alvinegra na hora da conclusão. Justamente por isso mandou o Leão rubro-negro à frente e foi premiado. Primeiro, aos 26, Romerito tocou curto para Júnior Maranhão, que arriscou de longe e viu a bola passar raspando a trave. Na segunda, o Atlético não teve a mesma sorte.

Carlinhos Bala, que começara a aparecer no jogo, aproveitou mais uma roubada de bola dos pernambucanos no campo de ataque alvinegro, avançou com liberdade e acabou trombando com Thiao Feltri no limite da grande área. A bola seguiu livre para os pés de Romerito, que apenas emendou o chute para abrir o placar do Mineirão.

A partir daí o descontrole foi geral pelo lado atleticano. A torcida, até então cantando e incentivando, passou a pedir o nome de Marinho. Titular absoluto de Émerson Leão, Vanderlei tentou mostrar serviço, desviando um cruzamento de Marquinhos nas mãos de Magrão, aos 33. Estava difícil para o Galo, que conseguiu o empate em um lance de pura inteligência de uma de suas estrelas.

Aos 37, Éder Luís provou o porque de ser respeitado pela massa. Recebeu passe longo na ponta esquerda e avançou. Ao invadir a área, fingiu cruzar, mas acabou chutando direto. Magrão aceitou e os mineiros encontravam o gol de empate. Seis minutos depois, o camisa 7 teve a chance de virar, mandou no travessão um cruzamento de Marquinhos.

Na volta do intervalo, o Atlético foi para o tudo ou nada, mas a falta de objetividade atrapalhava. Logo aos sete, Thiago Feltri avançou pela esquerda e cruzou na medida para Danilinho, que desviou para fora. Três minutos depois, Éder Luís fintou Bruno, ficou sozinho, mas isolou a bola na conclusão.

Sem dúvida era um novo Galo, ainda mais incisivo no ataque, porém com as mesmas falhas na definição. Vanderlei, aos 12, perdera outra chance de frente com o goleiro, e tirou de vez a paciência da torcida. Leão reagiu rápido e colocou em uma só tacada duas opções: Marinho e Eduardo. A reação veio, contudo mais uma vez decepcionante. Aos 23, Marcos subiu mais que a defesa e desviou cobrança de escanteio no travessão.

O nervosismo já era grande nas arquibancadas, mas Leão mostrou estar certo. Aos 36, Danilinho cruzou alto e o jovem Eduardo, até então apagado, apareceu livre entre dois zagueiros para desviar e virar o marcador. Aos 41, Marinho acertou um belo chute de longe e definiu a vitória atleticana.

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