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Após ser demitido de comando do Operário, Gilmar Ferreira critica diretoria

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Surpreendido com sua demissão na noite de segunda-feira, após comandar o primeiro treino da semana, Gilmar Ferreira não poupou críticas à diretoria do Operário. Ele classificou a atitude de ser trocado por Carlos Rufino como “falta de profissionalismo, anti-ética. “Isso é coisa de um bando de amadores. Faltaram com o respeito a minha pessoa, ao trabalho que vinha realizando no clube, além de estarem jogando fora a chance de ser campeão da Copa Mato Grosso”, desabafou Ferreira, na manhã de ontem, sem entender o motivo para sua queda do cargo.

De acordo com o ex-treinador, a justificativa de que Carlos Rufino é mais experiente do que ele, não o convenceu. “Já disputei inúmeras finais e conquistei vários títulos no Campeonato Estadual pelo próprio Operário. Participei de várias Copas do Brasil e Brasileirão da Série C já perdi a conta. Tenho mais tempo no futebol do que ele (Rufino). Isso não justifica. Queria saber o real motivo”, disse.

Para Gilmar Ferreira, a derrota de 3 a 1 para o Luverdense na abertura do quadrangular semifinal da Copa Mato grosso “foi um acidente de percurso”. “O resultado não diz o que foi o jogo. Jogamos de igual para igual com o Luverdense. A questão é que eles foram objetivos quando tiveram chances de marcar, apenas isso”.

Porém, o ex-treinador do Operário, que só amargou duas derrotas até agora, disse que sua demissão iria ocorrer independente da derrota. Segundo ele, há alguns dias havia uma movimentação “estranha” por parte da diretoria em torno do nome de Carlos Rufino. Além disso, prossegue Gilmar, “havia muita gente dando palpite fora das quatro linhas”.

Procurado pela reportagem, o presidente do Operário, Antônio Gomes, o Totinha, afirmou que os diretores Maninho de Barros e Dudu Campos têm carta branca para fazer qualquer mudança no departamento profissional do clube. Justificou a demissão de Gilmar Ferreira, dizendo que o ex-treinador escalou mal a equipe para a partida diante do Luverdense, o que acabou resultando na sua demissão.

“O Gilmar jogou toda a primeira fase com uma formação. Chega no momento decisivo muda quase tudo. Isso, na minha visão, foi decisivo para a sua queda”, disse, ressaltando que Carlos Rufino chega com todo respaldo da diretoria. “O novo treinador não precisa provar mais nada, tem a nossa confiança e levará o Operário à final da Copa Mato Grosso”, finalizou.

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