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Sinop: Sintep denuncia ao MPE “perseguição” a grevistas e quer reunião com vereadores

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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) de Sinop vai entregar uma denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE), hoje, apontando perseguição da prefeitura aos profissionais que participaram da greve no ano passado. “Vamos denunciar ao órgão o tratamento diferenciado que os grevistas estão tendo. No nosso entendimento, é um assédio e está longe de ser um processo democrático. Não há respeito”, disse o vice-presidente da entidade, Kleber Solera, ao Só Notícias.

De acordo com ele, os servidores estão “amedrontados” e temem represálias por parte do Executivo. “A reação é obedecer, por temor de que haja descontos nos salários. Outra situação que tem ocorrido é a remoção de profissionais para outras escolas sem qualquer documento oficial, tudo por telefone”.

Esta situação, segundo o vice-presidente do sindicato, aconteceu em uma escola no bairro Menino Jesus. “Tivemos uma unidade que não entrou em greve e terminou o ano letivo normalmente em dezembro. Entretanto, apenas seis professores desta escola paralisaram as atividades. O que aconteceu é que agora esta escola está fechada e só retornará às aulas no mês que vem, enquanto que os seis grevistas foram removidos para outras unidades, por telefone”.

Para discutir as denúncias, a intenção do Sintep é enviar também um comunicado a cada um dos 15 vereadores e agendar uma reunião. “Queremos que a secretária de Educação, Gisele Faria de Oliveira, participe e explique por que aqueles que não participaram da greve têm mais tempo de férias”, questionou Kleber, apontando que, “apesar da indignação, uma paralisação está descartada, por enquanto. Não é o momento”.

Apesar da negativa, uma paralisação das atividades chegou a ser cogitada, ontem, pelo diretor regional do Sintep, Valdeir Pereira, ao lembrar que os profissionais que não participaram da greve no ano passado terão quase 15 dias a mais de férias. “É mais uma decisão arbitrária da Secretaria de Educação que não podemos admitir”.

Questionada, Gisele Faria afirmou que “a informação não procede”, mas se recusou a dar mais detalhes em entrevista por telefone.

A greve dos profissionais da educação começou em julho do ano passado e durou mais de 40 dias. Os grevistas cobravam redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais e equiparação salarial entre com os servidores estaduais, de R$ 1,6 mil para R$ 1,7 mil.

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