O decreto 077/2014, instituído pelo prefeito Juarez Costa, veio totalmente na contramão de tudo que Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) tem buscado e poderá ampliar a carga horária do pessoal de apoio para 40h. A avaliação é da presidente da subsede, Sidinei Cardoso.
Os profissionais da Educação tem lutado pela redução da jornada semanal de 40 para 30 horas para todas as categorias, bem como ganho real de 36% em cinco anos, entre outras. “Agora, ele quer ampliar também a carga do pessoal de apoio. Não podemos aceitar”, afirmou a presidente.
A dirigente sindical ressaltou que não está havendo diálogo com a prefeitura. “Foi repassada a eles nossa pauta de reivindicações, estamos em estado de greve, mas não estamos sentindo boa vontade deles em avançar nas negociações”, acusa.
Segundo ela, esse decreto é mais um fator de motivação para a paralisação que será feita nesta quarta-feira. Todas profissionais das escolas e creches municipais foram convidadas a participar e devem suspender as aulas neste dia. Professores, merendeiras, técnicos, zeladores e demais profissionais da Educação farão ato público protestando pela falta de resposta da prefeitura às reivindicações da categoria.
A manifestação vai ser iniciada na praça Plínio Callegaro a partir das 07h, passando pelas avenidas Júlio Campos, Sibipirunas e terminará na Embaúbas em frente da prefeitura. Os professores pretendem entrar em greve no segundo semestre.
No mês passado, os vereadores aprovaram o projeto de lei que equipara em 2,2% o piso salarial dos profissionais do magistério. A readequação atende ao preconizado em Lei Federal , cujo valor fixado para o exercício de 2014 foi de R$ 1.697,37, e vai abranger professores com cargas horárias de 40, 30 e 20 horas semanais.
A presidente do Sintep disse que a equiparação não agrada a categoria, já que os professores do Estado recebem o piso de R$ 1.747 por carga horária de 30 horas, e do município é de R$ 1.697 para 40 horas semanais trabalhadas.