A proposta é defendida pela reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli Neder, e vai estar no plano de expansão. O documento deve ser desenvolvido coletivamente, seguindo critérios como número de habitantes do município e da região, localização estratégica e outros. Não foi confirmado em quanto tempo esse estudo será desenvolvido.
De acordo com a reitora, o plano de expansão é um processo complexo, que necessita do apoio da bancada mato-grossense no Congresso Nacional para que seja desenvolvido. Além de novos campi, Maria Lúcia defende também a ampliação dos cursos itinerantes.
O posicionamento dela foi levantado ontem (1º), após receber o plano diretor elaborado em Lucas do Rio Verde, visando a implantação de um campus no município. O documento foi entregue pelo prefeito Marino Franz (PPS) e representantes da comissão pró-instalação, formada por profissionais e alunos.
A instalação do campus em Lucas não foi confirmada, mas também não houve descarte. Lúcia defendeu a necessidade da interiorização da universidade e sugeriu ao município luverdense, de acordo com assessoria de imprensa da instituição, ampliação na partição no sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e, também, no fortalecimento do ensino técnico profissionalizante. Há um projeto de lei tramitando no Congresso Federal visando a criação do campus no referido município. A proposta já recebeu parecer favorável de uma das quatro comissões que analisam a proposta.
A interiorização da UFMT tem sido discutida há algum tempo. Em Alta Floresta, por exemplo, está em andamento o processo de criação de uma turma especial do curso de enfermagem. De acordo com o pró-reitor da UFMT em Sinop, Marco Antônio Pinto, havia previsão de início da turma ainda neste ano, mas devido a greve, o calendário ficou inviabilizado e está sendo reformulado.
No referido município, a turma deverá contar com a oferta de 35 vagas. O curso terá duração de dez semestres. A implantação da referida turma foi tema de audiência, ano passado, desenvolvida pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB). Com a definição, o município ficou responsabilizado pelas despesas de estrutura e do corpo docente. O valor total de investimento anunciado, no início deste ano, foi de R$ 1,1 milhão.
Está tramitando também o processo de criação de um campus da universidade em Várzea Grande. No início do mês passado, a reitora destacou em entrevista a uma emissora de tv a expectativa de início das obras no início de 2013 com expectativa de funcionamento a partir do segundo semestre de 2014. A unidade será construída em uma área de 80 hectares na localidade conhecida como Chapéu do Sol. Na mesma região, será instalada o IFMT, em uma área de 10 hectares.
Atualmente, a UFMT conta com campi em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Pontal do Araguaia, reunindo aproximadamente 20 mil acadêmicos. Somente em Sinop, são cerca de 2,9 mil estudantes entre os cursos de agronomia, engenharia florestal, enfermagem, engenharia agrícola e ambiental, farmácia, licenciatura plena em ciências naturais e matemática, medicina veterinária e zootecnia.