O delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, Flávio Stringuetta, aguarda algumas providências judiciais para avançar nas investigações sobre a execução do advogado Alexandro Marchioro da Silva, ocorrida em 2008. O objetivo é identificar o mandante do crime. De acordo com assessoria de comunicação da Polícia Civil, quatro pessoas foram indiciadas no caso como executores, no entanto, elas não apontam quem seria o autor.
O caso é considerado muito complexo e a motivação do crime também não está clara. As hipóteses levantadas até então eram de crimes passional e político. A última, anunciada há um ano, era a possibilidade do assassinato estar ligado ao esquema de golpes de seguro descoberto em 2008 em Sorriso. Isto porque um dos indiciados pela morte de Marchioro, Adomires Soares Sampaio (Mandioca), ex-diretor da cadeia de Sorriso, foi acusado de envolvimento no esquema. Na época, teve prisão decretada por supostamente estar ligado a morte de pessoas com apólices de seguros e, agora, aguarda sessão de júri popular relacionado a estes procedimentos.
Não há previsão de quando as investigações deverão ser concluídas. O crime ocorreu em setembro de 2008. O corpo do advogado foi encontrado carbonizado, na manhã do dia 17, às margens da rodovia de acesso ao município de Vera, a cerca de 15 metros de distância do carro dele, um Astra preto. No local havia rastros de outro carro, caixa de fósforo e um tambor de plástico queimado.
A hipótese de crime passional foi levantada porque o advogado teve as partes íntimas do corpo queimadas. Já de crime político foi cogitada porque Alexandre era assessor jurídico da prefeitura de Nova Ubiratã e também coordenador da campanha do prefeito Osmar Rossetto, o “Chiquinho”, na época do fato.