Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram em assembleia, realizada ontem, no campus de Cuiabá, não aceitar a proposta do governo. Eles ainda demonstraram interesse em radicalizar a greve para forçar o recuo do governo.
Houve também a apresentação de uma proposta, por um grupo de professores, estudantes e representantes da administração superior, propondo um “acordo de paz” com o governo com a retirada da greve, mediante assinatura de uma agenda de compromissos. A medida foi reprovada.
Segundo informações da assessoria, depois de apresentar números que comprovam a escolha do governo em preservar as relações com setores econômicos mais fortes e de reproduzir vídeo com as declarações, do último dia 14, no qual o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reitera a posição de que a crise deve recair sob os trabalhadores, as avaliações pela radicalização da luta foram unânimes. Divergiu-se, apenas, do método.
Os professores estão parados desde maio e buscam, entre outras coisas, uma tabela salarial com um índice de reajuste de 19% a ser pago em duas parcelas sendo uma em janeiro do próximo ano e a outra também em janeiro do ano seguinte. Além do reajuste, os profissionais cobram mais concurso público e condições de trabalho nas instituições.
Os técnicos administrativos da UFMT também estão em greve, desde maio. O sindicato da categoria tem uma assembleia marcada para a próxima semana. Eles também pedem reajuste salarial e outras correções. O governo federal, por outro lado, apresentou proposta de reajuste de 21% em quatro anos. Medida que não foi aceita por nenhuma categoria.