Cerca de 37% dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental, matriculados na rede municipal de ensino de Lucas do Rio Verde, conseguem fazer cálculos matemáticos considerados complexos. A constatação é do Ministério da Educação (MEC) e foi publicada na última semana na Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O ano base é 2014 e o município, segundo o levantamento, melhorou sua avaliação em relação ao ano anterior, quando 32,2% dos alunos estavam nesta faixa de aprendizagem.
O percentual corresponde ao número de alunos no nível 1 da prova de matemática da ANA. Nesta faixa, as crianças, geralmente com idade de oito anos conseguem, entre outras habilidades, fazer cálculos mais complexos, como identificação de categorias associadas a uma frequência específica em gráfico de barra, adição de duas parcelas de até três algarismos, com mais de um reagrupamento (na unidade e na dezena), subtração de números naturais.
No nível 1, considerado o mais baixo, estão 14,23% dos estudantes luverdenses. Nesta faixa, os estudantes são capazes apenas de ler horas e minutos em relógio digital; auferir medidas em instrumentos, como termômetro, com valor explícito procurado; associar figura geométrica a imagem de um objeto; contar até 20 partes organizadas ou desorganizadas à sua representação por algarismo; reconhecer planificação de figura; entre outras habilidade. Ficaram na segunda faixa de aprendizagem, 29,06% dos estudantes e no terceiro nível estão 19,02%.
Leitura e escrita
As provas também tiveram objetivo de avaliar outros pontos, como leitura e escrita. Segundo os dados, 14,85% dos estudantes de Lucas são capazes apenas de ler palavras com estrutura silábica canônica (construídas na ordem de consoante seguida de vogal, como, por exemplo, “cavalo”), não canônica (que não segue a estrutura anterior, como, “dinheiro”) e ainda que alternem sílabas canônicas e não canônicas. No nível 2 estão 22,94% e no nível 3 em leitura estão 42,53%.
No quarto e último nível estão 19,69%, no qual os alunos são capazes de reconhecer relação de tempo em texto verbal e os participantes de um diálogo em uma entrevista ficcional. Estão aptos também a identificar pronomes possessivos em poemas; o referente de advérbio de lugar em reportagem; pronomes demonstrativos em fragmentos de texto de divulgação científica para o público infantil; inferir sentido em fragmento de conto e literatura infantil; entre outras habilidades.
Em escrita, a avaliação foi dividida em cinco níveis, e os estudantes luverdenses também conseguiram boas pontuações. A maioria, 54%, ocupa o nível 4. No nível 5, estão 29% dos alunos. Nesta faixa de aprendizagem os alunos conseguem escrever palavras com diferentes estruturas silábicas; produzir textos com narrativas contínuas, com meio e fim; articular as partes do texto com conectivos; e segmentar as palavras corretamente.
No primeiro nível ficaram 6,10% dos estudantes, os quais não foram capazes de escrever palavras ou conseguiram apenas estabelecer correspondências entre as letras grafadas e a pauta sonora, sem, no entanto, escrevê-las alfabeticamente. Nesta faixa, os avaliados também não foram capazes de escrever ou produzir textos legíveis. No nível 2 estão 7,84% dos alunos e no nível 3 ficaram 2,50%.
Mais de 790 alunos de oito escolas, participaram das provas no município.