Os professores e servidores administrativos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) retomaram as atividades, esta manhã, nos 13 campi. As aulas também foram reiniciadas. A confirmação foi feita, ao Só Notícias, pelo vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (Sintesmat), Jeferson Diel. A greve atingiu os campi de Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Diamantino, Juara, Luciana, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra.
No campus sinopense, cerca de 2,6 mil alunos estavam sem aulas desde o dia 31 de maio nos nove cursos: Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Matemática, Sistemas de Informação, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Letras e Pedagogia.
Trabalham no campus 200 professores e 50 técnicos administrativos. Durante a greve, os trabalhadores cobraram do governo a convocação dos aprovados em concurso público, investimento infraestrutura nos campi, autonomia financeira da universidade e recomposição da inflação referente ao ano de 2015, que é de 11,28%. “A pauta continua na mesa e a agenda de negociação está mantida. Houve abertura com o governo. A partir de agora, teremos várias reuniões para discutir as reivindicações”. disse, ao Só Notícias, o presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat) em Sinop, João Sanches.
O valor do RGA, que deve ser paga aos servidores ativos, inativos e pensionistas do estado, foi aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governo no dia 1º de junho. A lei prevê pagar 7,36% de reposição salarial em três parcelas. Os outros 3,92% também seriam pagos no ano que vem, mas condicionados à Lei de Responsabilidade Fiscal, que fixa limite máximo de gasto do estado com a folha de pagamento a 49% da Receita Corrente Líquida.
Conforme Só Notícias já informou, os educadores e técnicos estavam de braços cruzados há mais de 60 dias. Em todo o Estado, são cerca de dois mil profissionais estavam paralisados e aproximadamente 20 mil alunos sem aulas. Na última segunda-feira, a maioria dos técnicos administrativos votou pela suspensão da greve. No total, 242 profissionais votaram pela suspensão da greve, 91 preferiram manter o movimento e 33 se abstiveram.