A Associação dos Gestores da Educação de Sinop realizou, ontem, carreata para que as atividades educacionais sejam reconhecidas como essenciais e, consequentemente, o retorno presencial seja permitido. Com faixas e cartazes, cerca de 90 veículos participaram do ato pacífico, que percorreu as principais avenidas do município.
Ao Só Notícias, a representante da associação, Roberta Vieira Lange, salientou que todas as instituições seguem protocolos de segurança, desde o ano passado. “Fomos precursores nos protocolos de biossegurança, a fiscalização é efetiva e semanal, garantindo segurança necessária para manutenção da educação”, destacou.
Atualmente, a associação conta com 20 instituições de educação infantil, ensino fundamental, médio, ensino superior, cursos profissionalizante e de línguas de Sinop. “Temos um comitê que fiscaliza. Há pesquisas também que apontam que as crianças estão ansiosas em casa para o retorno das atividades, com risco de depressão infantil por conta do isolamento”, pontuou.
Em nota, a associação ainda ponderou que “além de sermos um local de aprendizagem que proporciona o desenvolvimento integral de nossas crianças, a formação e o desenvolvimento integral do cidadão consciente, um local de aprimoramento e aperfeiçoamento das habilidades profissionalizantes para a construção da sociedade, somos também o apoio de muitas famílias que nos deixam o seu bem mais precioso, seus filhos, e vão todos os dias trabalhar sabendo que estes estarão em boas mãos, sendo também o setor mais fiscalizado pelo poder público municipal, com inspeções em nossas unidades regularmente”.
O manifesto da entidade vai de encontro ao projeto que tramita na Assembleia Legislativa, que inclui as atividades educacionais no rol de serviços essenciais em Mato Grosso. Na última semana, a propositura foi aprovada em primeira votação com 18 votos favoráveis e retornará ao plenário na sessão de hoje para votação definitiva, após pedido de vistas. Caso aprovado, vai para sanção do governador Mauro Mendes.
No texto do projeto, de autoria do deputado Elizeu Nascimento, é definido que “como atividades essenciais, não estão sujeitas à suspensão ou interrupção, devendo observar os protocolos de segurança”, e “fica garantido o funcionamento dos setores referentes à atividade aqui reconhecida em, no mínimo, 30% de sua capacidade total”. A propositura ainda assegura que pais e responsáveis podem optar pela educação à distância, se disponível.
Na justificativa, entre outros argumentos, o parlamentar salientou que “segundo a Organização Mundial da Saúde, o fechamento de escolas tem impactos negativos claros sobre a saúde infantil, educação e desenvolvimento dos estudantes, renda familiar e economia. Esses são um dos motivos que devem ser levados em consideração para que a atividade educacional seja classificada como essencial”.