Um estudo realizado pelo Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindumasd) e a Secretaria Estadual de Indústria e Comércio aponta que usar os resíduos de madeira em Sinop pode aumentar em até 25% o aproveitamento da madeira para exportação. O município, que representou 20% da madeira vendida do Estado, aproveita apenas cerca de 50% das toras. Estes e outros dados foram apresentados nesta quarta-feira, para alguns empresários do setor em Sinop.
O secretário estadual Alexandre Furlan destacou que, pelo projeto, estão sendo realizadas pesquisas de produtos e novas tecnologias. “O que estamos tentando mostrar, juntamente com a Universidade Federal do Paraná, através de seu centro de pesquisa na área florestal, é que estamos mudando conceitos e oferencendo novos produtos para que o que hoje se chama resíduo e sobras seja um produto de tanto valor como os já existentes”, destacou.
O projeto de implementação de novas tecnologias e alternativas de produção, está sendo realizado pela secretaria, que liberou R$ 600 mil e Sindusmad, que entrou com R$ 185mil. Furlan enfatizou que o setor vive um novo ciclo e precisa se adequar. “Temos que conscientizar os mercados de que é um produto tão bom quanto o produto padronizado e conscientizar também o madeireiro que estamos vivendo um novo ciclo, que vai exigir de cada um o desprendimento e a verdadeira absorção de conceitos novos, em termos de novas tecnologias, mercado de meio ambiente, selo verde e respeito ao meio ambiente”, acrescentou.
“O que se agrega a participação de Sinop aumenta muito mais até porque a região de tem uma carcterística de ser mais exportadora que as outras. Então você encontrando mercados e novos produtos, acaba agregando mais valor e deixa mais dinheiro aqui”, salientou.
O presidente do Sindusmad, Jaldes Langer, destacou que o novos produtos terão um design diferente, seguindo um padrão próprio do Estado. “O mercado depende de como apresenta o produto diferente. Nossos produtos têm um padrão e design diferente, estabelecido do Mato Grosso, e com isso a gente conquista um mercado e um preço justo por isso”, completou.
Em 2004 o setor produziu 4 milhões de metros cúbicos em tora. Com o reaproveitamento poderia somarmais 248 mil metros cúbicos hoje. “Äcretito que a pressão sobre a floresta diminuiu, não se explora mais tanto, mas hoje iremos aproveitar mais e gera os bons números do passado”, acrescentou.