O custo da cesta básica retraiu 7,27% em Cuiabá no 1º semestre deste ano. Em junho, a redução foi de 1,81%, e o valor do conjunto de produtos chegou a R$ 395,23. Mesmo com a queda, o preço da lista dos alimentos essenciais na Capital ainda é um dos mais altos do país. No último mês, o custo subiu da 10ª posição para a 8ª mais onerosa às famílias entre as 27 capitais brasileiras. Os dados foram apurados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, e divulgados nesta quinta-feira (6).
Na comparação com junho do ano passado, 9 produtos tiveram baixa no preço: batata (-51,99%), feijão carioca (-40,48%), tomate (-12,21%), arroz agulhinha (-11,37%), farinha de trigo (-7,82%), óleo de soja (-5,99%), açúcar cristal (-2,85%), pão francês (-1,31%) e carne bovina de primeira (-1,30%). Em junho de 2017, o custo da cesta em Cuiabá comprometeu 45,85% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em maio, o percentual exigido foi de 53,24%.
De acordo com o economista Emanuel Daubian, a redução de preço da cesta básica foi influenciada pelo aumento na produção dos itens que reduziram de preço, que estão em temporada de safra e com maior estoque de produtos. “Outro fator que influenciou na baixa deste ano é a queda na inflação, que está abaixo da estimada inicialmente pelo Banco Central”.
Segundo os economistas do Dieese, a batata que é colhida nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste apresentou queda em 10 cidades, devido à época de colheita. Com a oferta em alta explica-se a redução no preço do tubérculo. Já o tomate, que reduziu 12,21% em 1 ano, foi influenciado pela oferta elevada e fruto de baixa qualidade, que resultou na redução de preços no varejo. O óleo de soja teve a baixa impactada pela oferta de soja a nível mundial, que aumentou e puxou para baixo a cotação internacional do produto.
Preço mais baixo resulta em economia para o consumidor. A diarista Gonçalina Pereira de Arruda, 51, relata que os produtos ficaram mais baratos. “O arroz e o feijão baixaram bastante. Estavam muito caros”, relata. “Reduziu significativamente e dá para comprar cada vez um pouco mais, quando tem promoção de produtos”.
O funcionário público Márcio Mendes, 57, assim como a diarista Gonçalina, aproveita as ofertas dos supermercados para manter o controle das contas. “Às vezes tem promoções interessantes. Principalmente as frutas, que são itens que compro muito, por causa da academia. Como muita salada de frutas para manter a dieta. Mas, de um modo geral, percebo que os produtos estão mantendo os preços. Fica mais barato na promoção, por isso temos que aproveitá-las para fazer a compra”.