Indústrias de todo o Estado pagarão mais caro pelos impostos sobre a venda da madeira serrada e beneficiada. A nova pauta da madeira, usada pelo governo como base para cobrar ICMS (Imposto Circulação de Mercadorias e Serviços), foi publicada hoje e sofreu um reajuste de, em média, 10%.
A notícia foi recebida com desanimo pelo setor. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), José Eduardo Pinto, em alguns casos, as empresas pagam mais impostos do que o preço de venda do produto. “Vem num momento difícil para o setor, que está sem matéria-prima, o sistema não funciona, e que os preços não estão favoráveis”, justificou.
Ele também criticou a decisão do Governo do Estado, já que as negociações ainda estariam em andamento. “Ainda vamos estudar o que poderemos fazer, já que estavamos esperando uma nova reunião, já marcada, para tratar do assunto”, declarou.
No ano passado, o aumento foi maior. As espécies Cambará, Ipê e Cedrinho, que são as que afetam diretamente as indústrias por serem os produtos mais comercializados no Estado, sofreram reajuste de 18 a 19%.
O Sindusmad ainda não divulgou os novos valores para cada espécie.