As empresas e indústrias de Nova Mutum empregaram 365 pessoas a mais com carteiras assinadas, em junho, saldo de 1.175 admissões e 810 desligamentos. Os números do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), veiculado ao Ministério do Trabalho, apontam que a agropecuária liderou com 243 a mais contratados, resultado de 410 formalizações e 167 demissões.
Só Notícias apurou que o setor com segundo melhor desempenho foi o comércio, com 83 contratações a mais, por conta de 273 formalizações e 190 rescisões. Em seguida surgiu a construção civil com 50 a mais, provenientes de 134 admissões e 84 demissões. Na indústria de transformação foram 2 a mais e na administração pública não houve variação.
Por outro lado, no setor de serviços 8 pessoas a mais perderam o emprego, saldo de 196 admissões e 204 desligamentos. No setor de serviços industriais de utilidade pública com 3 a mais mandados embora, sem mais admissões. Já na extração mineral 2 a mais foram despedidos.
O acompanhamento mostra que junho teve números positivos, em abrangência geral, depois dos dois anteriores terem contabilizado saldos negativos. Em maio, as industriais e empresas demitiram 25 pessoas a mais. Os números apontam que a indústria de transformação foi o setor que liderou com 62 a mais mandados embora. Em abril, 285 a mais foram despedidos a agropecuária ficou à frente com 187 a mais dispensados.
O presidente da Associação Comercial (ACEM), Jimmy Anderson Huppes, avaliou que a cidade está em uma região favorecida por diversos fatores que agem como blindagem da crise, que pode ser sentida com muito mais força em outras regiões. “Esse aumento de 365 vagas de emprego formal em junho em Nova Mutum foi puxado em especial por 3 segmentos, que merecem avaliações distintas. A construção civil, responsável pela criação de 50 vagas, é um setor que vem caindo muito, especialmente nos últimos 3 meses. Essas vagas criadas em junho são uma reversão das vagas fechadas no último trimestre e refletem um movimento de formalização e não necessariamente de criação desses postos de trabalho”, disse ao Só Notícias.
Ele frisou que ainda que “já o comércio, responsável por um saldo de 83 vagas em junho, vinha de forte queda em março e abril, com fechamento de 174 vagas, e vem subindo novamente desde maio. Esse aumento em junho, na minha avaliação, está atrelado a colheita do milho, o que aumenta a circulação de dinheiro no mercado local e aquece a economia”.
Destacou também que “a colheita do milho é a grande responsável pela abertura de 243 vagas no setor da agropecuária, movimento já esperado e compartilhado com toda região forte no agronegócio” e concluiu com expectativa de “um ano onde teremos altos e baixos e notícias como essa deve ser comemoradas, mas com a serenidade que a situação geral do país merece”.
No acumulado do ano foram gerados 833 empregos a mais, resultado de 6.800 admissões e 5.967 desligamentos.
(Atualizada às 7h28 em 24/07)