A má conservação da BR-163 entre Cuiabá e a região Norte também tem afetado o bolso dos produtores nesta safra. Com o escoamento da produção, a demanda de caminhões aumenta consideravelmente, porém, muitas centrais de frete não estão conseguindo atender os pedidos. A falta de caminhões resultou em um aumento de até 20% para transportar a soja e madeira do Nortão.
O empresário Alberto Kunze, dono de uma central de frete em Sinop, declarou, ao Só Notícias, que muitos motoristas, de outras regiões do país, preferem percorrer outros trajetos, onde encontram as rodovias em melhores condições de tráfego. “Com a rodovia assim, os caminhões estragam mais e os custos são maiores”, acrescentou.
Ainda, segundo ele, muitos armazéns estão lotados e precisam escoar parte da produção para dar espaço ao grão que ainda está na lavoura e corre o risco de ser perdido por causa das chuvas. Na maioria dos municípios, a colheita atrasou. “Como houve essa variação no frete da soja, conseqüentemente refletiu no da madeira”, enfatizou.
A realidade é a mesma em outras centrais, que passaram a cobrar cerca de R$ 200 por tonelada transportada até o porto de Paranaguá, no Paraná. Ainda, segundo o setor, a expectativa é que este valor caia após o escoamento da soja.