O dólar fechou em leve alta nesta quarta-feira, com o preço baixo da moeda e a atuação mais firme do Banco Central fazendo os investidores reduzirem suas apostas no real.
A divisa norte-americana fechou com valorização de 0,28%, a R$ 2,138. Uma piora nos mercados internacionais durante o dia também ajudou a dar sustentação ao dólar.
“O mercado está com menos dólares, o BC parece que está atuando com mais energia nos últimos dias. Soma-se a isso o fato que amanhã tem taxa de juros menor e o preço está super baixo”, resumiu Alexandre Vasarhelyi, responsável por câmbio do banco ING.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia esta noite sua decisão sobre a taxa básica de juro, e a expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto percentual para 13,75%. Juros menores são menos atrativos aos investidores estrangeiros.
O Banco Central mantém os leilões diários de compra de dólares no mercado para recompor as reservas internacionais, que estão no maior nível histórico, a US$ 75,53 bilhões. Só este mês, as reservas já subiram US$ 2,14 bilhões.
O operador de derivativos do Rabobank Flávio Ogoshi reiterou que a autoridade monetária reforçou as aquisições de moeda.
No início do pregão, os mercados externos se animaram com os dados econômicos dos Estados Unidos e influenciaram uma alta na Bolsa de Valores de São Paulo. O dólar, porém, operou desde a manhã oscilando entre estabilidade e leve alta.
O índice Dow Jones chegou a superar 12 mil pontos pela primeira vez na história, mas perdeu fôlego durante os negócios, enquanto o índice Nasdaq reverteu os ganhos e passou para o campo negativo, levando a Bovespa na esteira.
A construção de novas moradias nos EUA surpreendeu e avançou 5,9% em setembro, ante expectativa de um declínio. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) recuou 0,5% em setembro, enquanto o núcleo subiu 0,2%.