No próximo dia 16 de outubro, os relógios devem ser adiantados em uma hora em Mato Grosso e em mais nove estados brasileiros, além do Distrito Federal. É mais uma edição do horário de verão, que entra em vigor a zero hora do próximo domingo e termina a zero hora do dia 19 de fevereiro de 2006. A Cemat prevê para o período uma redução da demanda de 5,43% no horário de ponta (quando há maior sobrecarga do sistema).
Nos 127 dias do horário de verão está prevista uma economia de 14.500,48 MWh em todo o sistema elétrico de Mato Grosso.
De acordo com o Superintendente de Engenharia da Cemat, José Adriano Mendes, no Sistema Interligado, a redução no consumo em Mato Grosso deve ficar em torno de 0,86%, o que representa uma economia em energia de 13.723,58 MWh. “A energia a ser economizada equivale ao suprimento de Cuiabá durante seis dias, Chapada dos Guimarães por nove meses ou Várzea Grande por 19 dias”, ressalta.
Já no Sistema Isolado (atendido por usinas geradoras de energia movidas a diesel) a previsão de economia em energia é de 776,90 MWh, e em óleo diesel de 239.286 litros. A energia e o óleo economizados equivalem a consumo de uma cidade como Juara por quatro dias, Alto da Boa Vista por quatro meses, ou Tabaporã por dois meses.
O decreto número 5.539 foi publicado no 19 de setembro de 2005, também inclui no horário de verão os estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.
Economia – a edição passada do horário de verão, de 02 de novembro 2004 a 19 de fevereiro 2005, trouxe uma economia de energia para Mato Grosso de 5,26% no horário de ponta. A economia média no período – de 110 dias – foi de 0,68% no sistema interligado, ou 8.714,40 MWh. O equivalente ao consumo de uma cidade como Chapada dos Guimarães por seis meses ou 11 dias de consumo de um município do porte de Várzea Grande.
O sistema isolado registrou uma economia de 477,35 MWh e de 147.023 litros de óleo, o que equivale ao consumo de cinco dias de uma cidade como Juara, ou três meses de um município como Alto da Boa Vista. No total, Mato Grosso economizou 9.191,75 MWh.
Objetivo – o horário de verão tem como objetivo principal a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta. Isso é possível, pelo fato da parcela de carga referente à iluminação ser acionada mais tarde, que normalmente o seria, motivada pelo adiantamento do horário brasileiro em uma hora.
O efeito provocado é de não haver a coincidência da entrada da iluminação com o consumo existente ao longo do dia do comércio e da indústria, cujo montante se reduz após as 18 horas. A superposição desses consumos causa o aumento da demanda na ponta, fato inevitável no inverno, mas aproveitado pelo setor elétrico, sob tutela do Ministério de Minas e Energia – MME e aprovação da ANEEL, durante o verão.
O horário de verão é implementado por decreto do Presidente da República, respaldado legalmente pelo Decreto-Lei nº 4.295, de 13 de maio de 1942, devidamente fundamentado em informações encaminhadas pelo MME, que toma por base os estudos técnicos realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, e indica o período de duração da medida e quais as unidades da Federação que deverão ser abrangidas.