A redução do custo do financiamento para a aquisição de bens e o processo de ajuste da Selic iniciado em setembro pelo Banco Central colaboraram para a redução da taxa de juros média cobrada da pessoa física Entre setembro e outubro, os juros passaram de 62,1% ao ano para 61,7%, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Banco Central.
O leve recuo na maior parte das modalidades de crédito ocorreu no segundo mês em que o Banco Central promoveu cortes na taxa básica da economia, a Selic. Em outubro, ela sofreu um corte de 0,5 ponto para 19% ao ano. Neste mês, a taxa caiu para 18,5% ao ano.
“Para a pessoa física você já pode considerar esse reflexo”, disse Luiz Malan, chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC.
Colaborou também para essa queda o recuo na taxa de juros para a aquisição de bens –com exceção de veículos– teve um recuo de 0,8 ponto percentual no mês passado, para 59,1% ao ano.
Já as operações para a compra de veículos teve uma queda de 0,3 ponto percentual, de 35,9% para 35,6% ao ano.
A queda no cheque especial foi mais tímida, e a taxa cobrada passou de 148,8% em setembro para 148,6% ao ano em outubro.
Por outro lado, os juros dos empréstimos consignados –com desconto direto em folha de pagamento– subiram de 37% ao ano em setembro para 37,2% ao ano no mês passado.
Já a taxa de juros cobrada das empresas (pessoa jurídica) ficou praticamente estável, um aumento de apenas 0,1 ponto percentual, para 33,4% ao ano.
Spread
Apesar do recuo na taxa média cobrada da pessoa física, o spread –diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes– subiu no mês passado, e passou de 29,4 pontos percentuais para 29,8 pontos percentuais.
A mesma alta foi verificada nas empresas, que teve um spread em outubro de 14,5 pontos percentuais.