sexta-feira, 29/março/2024
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Inadimplência de consumidores volta a registrar alta em março

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A inadimplência de pessoas físicas registrou alta expressiva em março de 2005, quando comparada com fevereiro do mesmo ano. Contrariando o comportamento dos últimos três meses, o Indicador Serasa de Inadimplência
apresentou elevação de 24,5%. De acordo com o estudo, o indicador também mostrou acréscimo na comparação com março de 2004. A inadimplência de consumidores apresentou aumento de 16,2% em março de 2005, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na série dessazonalizada, a alta de março de 2005 em relação ao mês anterior, foi de 6,8%. Em relação a março de
2004, houve um aumento de 16,0%.

No primeiro trimestre deste ano a inadimplência de pessoa física registrou ligeira alta de 0,4% em relação ao último trimestre de 2004 e uma alta expressiva, de 11,6%, quando comparada com o acumulado de janeiro a
março de 2004. Na série dessazonalizada, no entanto, o indicador está 1,2% abaixo dos níveis verificados para o último trimestre de 2004, e também 11,6% acima do primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com o levantamento, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram a maior representatividade na inadimplência de consumidores no período. Em março deste ano, os registros de cartões de
crédito e financeiras representaram 35% do total do indicador de Pessoa Física. No mesmo mês de 2004, o índice era de 33,3% e em 2003, os registros tinham um peso de 33,0%.

O segundo maior índice na representatividade do indicador é o registro de inadimplência com cheques sem fundos, que em março de 2005 teve participação de 34%. Em 2004, os cheques devolvidos (2ª devolução)
representaram 36% do indicador de PF e em 2003 o índice era de 37%.

O índice que aponta os registros das dívidas com bancos apresentou a terceira maior participação no indicador, com 29%. Em março de 2004, os registros tinham um peso de 29,2% e no mesmo período de 2003, representaram 28% do indicador. Finalmente, os títulos protestados, já há três anos, têm se situado em um patamar inferior a 2% das dívidas não pagas de pessoas físicas.

O valor médio das anotações negativas de cheques sem fundos de pessoas físicas foi R$ 501,80 em março de 2005. Já o valor médio de títulos protestados foi R$ 669,57, enquanto os registros no sistema financeiro tiveram um valor médio de R$ 1.056,82, e os registros em outros segmentos(cartões de crédito e financeiras), de R$ 248,22. Em relação a março de 2004, houve um aumento de 20,3% no valor médio das anotações de cheques sem
fundos e uma alta de 11,5% no valor das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras, em março deste ano, aumentou 9,7% em relação ao segundo mês de 2004, e o valor das dívidas com
bancos apresentou alta de 11,1%.

Segundo os técnicos da Serasa, o aumento da inadimplência de consumidores pode ser explicado por fatores sazonais decorrentes do maior número de vencimentos ocorridos em março. No terceiro mês do ano aumenta a participação, nos gastos das famílias, das despesas extraordinárias, como os impostos de início de ano, o vencimento das parcelas das compras de
final de ano, as despesas com escola e com materiais escolares.

A contração na massa de salários, neste início de ano, também repercute no indicador de inadimplência de pessoas físicas. Essa contração decorre do aumento no desemprego em proporção superior ao aumento da renda média real. Outro fator a pressionar a renda dos consumidores são os aumentos, acima do esperado, nos preços de itens de consumo essencial, como transporte e alimentação.

O resultado do indicador sinaliza para uma mudança na tendência que vinha sendo verificada até então, e serve de alerta para que o mercado adote procedimentos adequados na concessão de crédito.

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