quarta-feira, 24/abril/2024
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Governo pode aumentar novamente taxa de juros

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O Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) pode voltar a elevar a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em junho apesar de enxergar uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia.

Caso eleve mesmo os juros, seria o décimo mês seguido de alta. Em maio, o BC aumentou a taxa de 19,5% para 19,75% ao ano.

Na ata dessa reunião de maio, divulgada hoje, o Copom releva que a opção pela elevação em 0,25 ponto percentual foi unânime entre os diretores do banco e que novos aumentos podem estar por vir.

“O Copom decidiu, por unanimidade, aumentar a meta para a taxa Selic para 19,75% a.a. [ao ano], sem viés, e acompanhar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na estratégia de política monetária implementada desde setembro de 2004”, diz a ata.

No documento, o BC considera até mesmo acelerar o ritmo de aumento dos juros. “É necessário que a Autoridade Monetária [o BC, no caso] esteja pronta a adequar às circunstâncias o ritmo e a magnitude do processo de ajuste da taxa de juros básica, caso venham a exacerbar-se os fatores de risco acompanhados pelo Comitê.”

O banco admite que, apesar de sua postura com os juros, a economia brasileira já vem desacelerando, o que, em tese, contribui para o controle da inflação e reduz a pressão sobre os juros.

“A atividade econômica continua em expansão, mas a um ritmo menor e mais condizente com as condições de oferta, não obstante o aumento recente na utilização da capacidade instalada na indústria, de modo a não resultar em pressões significativas sobre a inflação.”

Outros fatores positivos seriam a “melhora do cenário externo” e a “diminuição da defasagem do preço doméstico da gasolina em relação ao preço internacional”

Entretanto, afirma o Copom, outros fatores “aumentaram os riscos a que está submetido o processo de convergência da inflação para a trajetória de metas”.

Entre esses fatores, o Copom cita o reajuste dos remédios e das tarifas de ônibus urbano em várias capitais. “Esses riscos estão associados à persistência de focos de pressão na inflação corrente, que contaminaram a inflação de abril, fizeram com que se deteriorassem as expectativas para 2005 e provocaram a permanência dos núcleos em níveis elevados.”

Com isso, o IPCA (índice que serve de base para as metas de inflação) acumulou 2,68% entre janeiro e abril. Ou seja, mais da metade da meta deste ano, que é de 5,1% –há um intervalo de tolerância, entretanto, que permite que a inflação alcance 7% mantendo-se dentro da meta.

Por esses motivos, mesmo após índices de preços no atacado, como o IGP-M, terem apontado deflação em maio, o Copom deixou aberta a possibilidade para um novo aumento de juros na reunião de junho, que acontece nos dias 14 e 15.

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