Duas portarias publicadas nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União, permitem que os fabricantes de computadores se cadastrem no programa de inclusão digital “Computador Para Todos”. Com a publicação de ontem, o setor pode colocar em prática a esperada venda de micros populares com financiamento facilitado.
Apesar de não haver outras pendências em relação a esse benefício, ainda não há previsão de quanto tempo o consumidor terá de esperar para comprar um computador de até R$ 1.400, parcelado em até 24 vezes com juros reduzidos.
De acordo com as portarias, podem se cadastrar apenas os fabricantes que produzem computadores populares (de até R$ 1.400) com configuração pré-estabelecida pelo governo. Entre as características determinadas estão software livre, processador de 1,5 GHz, disco rígido de 40 GB, memória RAM de 128 MB e monitor de 15 polegadas.
Outra frente do projeto, já colocada em prática no Extra e Magazine Luiza, por exemplo, promove a isenção de PIS/Pasep e Cofins para PCs de até R$ 2.500 com qualquer configuração.
O cadastramento dos fabricantes junto à Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia comprova que seus equipamentos atendem às exigências do programa e poderão ser comprados via financiamento facilitado.
Desta forma, o varejo poderá fazer empréstimos junto ao BNDES para comprar os PCs populares. Esta quantia é paga diretamente aos fabricantes, que fornecem as máquinas em condições facilitadas às redes varejistas. As lojas, por sua vez, devem repassar o benefício para o consumidor.
Já o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal criaram programas de empréstimo para que seus clientes possam comprar PCs de até R$ 1.200. O Banco do Brasil informou, via assessoria de imprensa, que só aguardava o credenciamento das empresas para colocar seu programa em prática. Segundo a instituição, este benefício deve ser liberado em uma semana.