A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso pagou R$ 1,6 bilhão referente aos salários de todos os servidores, entre janeiro e março. A quitação da folha no último dia útil de cada mês cumpre a primeira determinação do governador Pedro Taques (PDT)ao assumir o Executivo, de honrar o compromisso firmado com os funcionários. O secretário Paulo Brustolin, observa que mesmo diante da situação crítica em que foi deixado o caixa – com R$ 84 mil na Conta Única e dívida de R$ 6,5 bilhões –, todo o esforço da pasta é direcionado à busca do equilíbrio fiscal. “O Estado que recebemos gasta R$ 2 bilhões a mais do que o que é arrecadado. Por isso estamos revisando todos os contratos com o objetivo de reduzir entre 7% e 8% de todas as despesas previstas para este ano, que pode gerar economia de cerca de R$ 1,3 bilhão”, pontuou.
Para Brustolin, manter o caixa de Mato Grosso em funcionamento tem sido o centro do trabalho desempenhado nos últimos três meses, além dos esforços despendidos para tentar recuperar a liquidez. Por conta disso, um Plano de Providências foi criado a partir dos resultados da auditoria do Tesouro Estadual e já vem sendo executado, tendo sido enviado inclusive aos órgãos de controle para que acompanhem os trabalhos da Sefaz.
No dia 9 de março, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Fazenda, quitou a primeira parcela de parte da dívida dolarizada. No total, R$ 103 milhões foram pagos ao Bank of America. O montante de R$ 6,5 milhões é referente a empréstimos contraídos com autarquias do Governo Federal para investimentos em obras da Copa do Mundo – além de outras dívidas adquiridas pelas gestões anteriores – sendo que 22% desse valor estão dolarizados. A próxima parcela vence em setembro, informa assessoria.
Ainda no mês passado, a Comissão do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), conduzida por Brustolin, auxiliou o governador a definir a forma como serão feitos os repasses aos municípios. O diálogo constante entre o Executivo, Legislativo e a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) tem sido essencial tanto para a construção do novo modelo do Fethab quanto para estudar as maneiras mais adequadas de realizar os pagamentos às prefeituras, conforme Brustolin.