O diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), Luiz Pagot, o presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), deputado federal Homero Pereira (DEM), o presidente da Comissão de Viação e Transportes, deputado Milton Monti (PR-SP) apresentam esta manhã o projeto da Ferrovia Centro-Oeste, a deputados e senadores, que terá investimentos de R$ 6,4 bilhões.
Conforme Só Notícias já informou, entre Uruaçu (GO) e Lucas do Rio Verde, o governo pretende construir um terminal de embarque. A ferrovia terá a extensão de 1.004 quilômetros, passando por 52 municípios em Mato Grosso. Até o ano da conclusão (2014), a previsão é investir R$ 4,1 bilhões. Já para o trecho entre Lucas do Rio Verde a Vilhena (RO) -com 598 quilômetros- devem ser investidos R$ 2,3 bilhões. Os recursos serão incluídos na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento – (PAC 2).
Os estudos preliminares, o EIA/RIMA e o projeto básico da Ferrovia de Integração Centro-Oeste foram iniciados no ano passado, dentre as ações definidas pelo Ministério dos Transportes. Sua execução ficará sob a responsabilidade da VALEC.
Por se conectar com a Norte-Sul, a ferrovia de Integração Centro-Oeste dará novo impulso para o desenvolvimento dos estados de Mato Grosso, Rondônia e o sul dos estados do Pará e Amazonas, principalmente com a produção de grãos, açúcar, álcool, madeira e carne.
De acordo com o presidente da Frenlog, redução dos custos no transporte de cargas, com acesso mais rápido a vários portos, é um dos benefícios provocados pelos investimentos nesta ferrovia.
O trecho terá entroncamento com Ferrovia Norte-Sul na cidade de Uruaçu/GO, cruzará o estado de Mato Grosso no sentido leste/oeste e chegará até Vilhena/RO. A Ferrovia de Integração Centro-Oeste é a primeira parte de um projeto ainda maior, a Ferrovia Transcontinental (EF-354). No Plano Nacional de Viação a EF-354 é planejada com 4.400 quilômetros de extensão. Ela segue de Uruaçu/GO para o leste, passando pelo Distrito Federal, Minas Gerais até o litoral fluminense. Para o oeste o plano indica um caminho de Vilhena/RO rumo ao Acre até a divisa fronteira com o Peru.