Os avicultores que fazem parte da Associação dos Integrados da Perdigão -AIP- vão se reunir em assembleia na segunda-feira (24) para avaliar encontro, ontem, com a direção da BRF Brasil Foods, ocasião em que foi cobrado reajuste da tabela dos custos de produção. O presidente Jean Carlos Garbin não adiantou o teor da conversa, apenas disse que "a associação vai manifestar-se apenas depois de conversar com os associados".
Há dois anos a entidade cobra a revisão da tabela financeira. "A margem de lucro mínima, que é de 3.25% ao ano sobre o projeto, não está sendo alcançada", afirmou Jean. O custo da criação dos frangos cabe à indústria, enquanto os integrados ficam responsáveis em disponibilizar a estrutura, com a proposta da margem de viabilidade que compense o investimento. Entretanto, os custos não estão sendo cobertos, a exemplo da energia elétrica, dos funcionários, com a lenha, gás, papel para as pinteiras, manutenções, entre outros.
A AIP conta com 89 associados que administram, juntos, 170 núcleos aviários. São 680 barracões onde são criados de 12,2 milhões de frangos por lote (em média 60 dias). Segundo dados da associação, o volume é suficiente para garantir o abate na indústria por 56 dias.