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Exportações de madeiras brasileiras caem 43% depois da crise

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As  exportações brasileiras de produtos de madeira vêm diminuindo desde 2007, e a situação tornou-se ainda mais grave para o setor com a atual crise financeira. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira do Estado do Paraná, Jorge Valentin Camilotti, nos seis primeiros meses deste ano houve uma queda de 43% no volume de exportação de produtos de madeira no país, em comparação com o ano passado.

No Paraná, a queda nas vendas nos últimos 20 meses foi de 54%, se for analisado o conjunto de itens como madeira serrada, pinus, compensando tropical, portas e batentes e outros segmentos. O Paraná emprega cerca de 600 mil trabalhadores no setor madeireiro, nas cerca de 1,2 mil empresas filiadas ao sindicato.

“Com os ajustes devido à crise financeira, as empresas paranaenses demitiram 6% do quadro de funcionários, de janeiro a junho deste ano”, disse Camilotti.

“Trata-se de uma crise diferente, mais séria, em que dois fatores são determinantes: a cotação baixa do dólar e a queda nos preços da madeira no mercado internacional”, explicou.

Ele citou como exemplo a madeira compensada, que era vendida por US$ 600 o metro cúbico e atualmente está cotada em US$ 440. No mercado interno, com a construção civil em uma fase boa, as vendas de portas e batentes têm permanecido estáveis, a retração é na exportação, de 31%.

De acordo com o dirigente sindical, o setor está “trabalhando no vermelho”. Uma das sugestões apresentadas por ele é o incremento de linhas de crédito especiais para a exportação. Uma das alternativas seria prorrogar o prazo da linha de crédito para empresas exportadoras, que já tenham vendido sua mercadoria para outros países, o chamado adiantamento de contrato de câmbio (ACC).

“Estes contratos estão cada vez mais raros e não temos mais a prorrogação de 30, 60 dias como antes, embora essa solicitação já tenha sido feita para o Banco Central.

O setor de madeira, que era vinculado ao Ministério da Agricultura, atualmente está ligado ao Ministério do Meio Ambiente que, na avaliação de Camilotti, tem agido mais como órgão fiscalizador e punitivo.

“Não temos a quem recorrer, ou encaminhar nossas reivindicações. O bom seria a volta ao Ministério da Agricultura”.

 

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