O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso – FIEMT- Nereu Pasini, e presidentes de federações, entregaram, esta semana, para a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, um documento retratando as dificuldades que o setor madeireiro está enfrentando em todo o Estado e pedindo soluções emergenciais. Nereu relatou que muitos municípios têm até 80% de sua economia voltada para o setor madeireiro, e que nesses municípios a situação está caótica, porque -dentre tantos problemas- o Ibama não tem procuradores para liberar planos de manejo para madeireiras fazerem a extração de matéria prima.
“Nós fomos mostrar para a ministra que ainda o Ibama não trabalha direito, não está fazendo o que deve fazer, e pedir a intervenção dela junto ao Ibama, ao Ministério do Meio Ambiente, para que nesse período que nós vamos passar, mais uns três meses até que o Estado assuma todas as funções do Ibama, de que o setor não seja completamente abandonado”, explicou Pasini, em entrevista ao Só Notícias.
Nereu disse que o setor espera mudanças a curtíssimo prazo. “Estamos parados, mas estamos lutando para que o setor não morra definitivamente, e não vai morrer, vai diminuir. Mas nós vamos conseguir fazer com que uma boa parte consiga trabalhar”, disse.
Na última quarta-feira também, vários prefeitos da região e deputados estaduais, se reuniram com o governador Blairo Maggi em Cuiabá, buscando soluções a curto prazo para o setor. Como resultado, o pacto do Ibama e da Sema (Secretaria do Meio Ambiente), que estava previsto para janeiro de 2006, deve ser antecipado para o início de novembro. Com esse pacto, a liberação de planos de manejo e ATPFs (Autorização para Transporte de Produtos Florestais) passará a ser responsabilidade da Sema, que deve agilizar os trabalhos e reaquecer as atividades no setor.