A Caixa Econômica Federal espera concluir cerca de 10 milhões de operações de penhor em 2007, com empréstimos no valor de R$ 6,5 bilhões. O número representa um aumento de 22% em relação ao 2006.
As características próprias desse tipo de crédito têm levado a classe média a recorrer cada vez mais a essa alternativa de obter recursos.
Segundo o gerente nacional de Microfinanças e Penhor da Caixa, Sérgio Amandio, entre os atrativos do penhor estão a rapidez na liberação do crédito, a baixa taxa de juros e o fato de ser uma modalidade de empréstimo que dispensa fiador e não leva em conta restrições cadastrais.
“O grande mote do penhor é a facilidade na obtenção dos empréstimos. A pessoa se dirige a uma agência e no mesmo instante sai com o dinheiro. Só é necessário que a pessoa leve o Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identidade, comprovante de residência e a jóia a ser penhorada”.
Os prazos para a quitação do empréstimo pode ser de até 120 dias, mas há possibilidade de renovar o contrato. De acordo com Amandio, geralmente as pessoas renovam o contrato por até sete vezes, sendo que há casos de penhor de jóias com mais de vinte anos.`
Ele acrescenta que a média de resgate de bens é considerada alta: aproximadamente 87% das pessoas que recorrem ao penhor conseguem reaver seus bens.
“As pessoas empenham para poderem resgatar, elas querem o empréstimo para alguma finalidade, mas objetivo é fazer o resgate. Quando não conseguem pagar no prazo estipulado, elas renovam o contrato, mas o objetivo tanto do cliente como da Caixa é fazer com o resgate seja feito”.
Se a pessoa não procurar a Caixa depois de 30 dias de atraso, o bem penhorado pode ir a leilão. Após a publicação dos editais, os bens ficam expostos por um ou dois dias, e os interessados podem arrematá-los mediante o maior lance. Caso o valor ultrapasse a quantia que o cliente tomou como empréstimo, a pessoa receberá a diferença.
No caso de o bem ser quitado antes do prazo estabelecido no contrato, basta se dirigir à agência para pagar o empréstimo e liquidar o contrato com os juros proporcionais.