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Alta dos alimentos pode resultar e redução do consumo

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A alta dos preços dos alimentos, ainda que esteja dando sinais de desaceleração, tem afetado bastante a percepção dos consumidores em relação ao comportamento da inflação. Não só isso: já se estima até alguma redução efetiva do consumo geral por conta dos gastos maiores que as famílias vêm tendo com alimentação, um dos principais itens na composição das despesas.

O impacto não será expressivo, já que o consumo segue em embalo muito favorável, amparado pelas melhores condições do crédito e pela recuperação da renda do consumidor. Mas a pressão de preços dos alimentos – em uma proporção não vista há vários anos – certamente teria reflexos mais negativos, tanto do ponto de vista do consumidor como da economia em geral se não fossem esses avanços.

Os últimos índices mostraram queda de preços de produtos que vinham se destacando como vilões da inflação no ano, como o leite e derivados e até o tomate. Esses foram um dos motivos da desaceleração do IPCA superior à prevista para setembro. Mas o fato é que outros alimentos registraram agora alta forte – o consumidor sente no caixa do supermercado – o que ainda produz efeitos negativos, tanto do ponto de vista psicológico como em termos de poder aquisitivo.

O clima tem pesado muito na oferta e, conseqüentemente, nos preços de frutas, legumes, verduras. O varejo reflete aumentos mais fortes registrados anteriormente no atacado. É o caso dos grãos. O aumento da soja chegou ao óleo. A elevação dos preços do trigo agora provoca aumento maior dos preços das massas e até do pão, com aumento médio de 10%.

A situação deve se normalizar até o final do ano, especialmente com a melhora do clima. Mas é preciso levar em conta a mudança mundial que vem ocorrendo no consumo e na formação de preços de commodities em geral e, em particular, dos alimentos. Esse novo cenário tende a manter os preços em patamar mais elevado. Haverá um recuo sazonal, mas não se pode contar mais com a chamada âncora verde. Com a forte contribuição dada pelos produtos agropecuários, durante muito tempo, para o controle da inflação.

O esperado aumento da safra para o próximo ano tende a evitar aumentos persistentes como os registrados agora em 2007, mas os preços, na média, não devem recuar para o patamar que estavam até dois anos atrás. Além da questão do consumo, há o impacto dos fatores climáticos, do aquecimento global, e da produção do etanol, especialmente a partir do milho que pressiona os preços de produtos relacionados além do risco, hoje alvo de muitos alertas, de “roubar” espaço destinado a outras culturas. Alerta que vale também para o Brasil e a cana-de-açúcar.

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